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A loja: point cobiçado e decoração caprichada || Créditos: Reprodução
Shop therapy: esse beck é só pra quem tem estilo || Créditos: Reprodução

“Para ser insubstituível, você precisa ser diferente”. A frase é de Coco Chanel, eterna papisa da moda, mas serve também para descrever a loja mais falada de Nova York neste momento: a MedMen, que acaba de inaugurar na disputada Quinta Avenida, um dos endereços mais caros do mundo. Mas engana-se quem pensa que o novo hotspot
comercial da Big Apple vende roupas e acessórios de grifes famosas, já que o carro-chefe do estabelecimento com decoração minimalista que até lembra uma galeria de arte do SoHo é… maconha, que praticamente virou commodity nos Estados Unidos e movimenta US$ 10 bilhões (R$ 34,4 bilhões, legais e devidamente tributados) no país.

Criada por Adam Bierman e Andrew Modlin, ex-atletas, a MedMen surgiu em 2010 na Califórnia, estado americano pioneiro na legalização da erva. Hoje a rede conta com doze lojas por lá, além de unidades em Nevada e segue em plena expansão. O público-alvo são os pacientes de maconha medicinal, que por acaso também são estilosos e curtem ambientes mais elegantes pra fazer compras, uma turma que não necessariamente é composta por jovens bichos-grilos (Barbra Rubin, vovó californiana octogenária, PhD em medicina que dá aulas de meditação, é cliente fiel da MedMen e até posou para um anúncio da empresa).

O sucesso tem sido tão grande que a dupla até abriu uma fábrica das mais modernas em Reno, que emprega 700 funcionários e custou de US$ 15 milhões (R$ 51,7 milhões). Graças a uma tecnologia desenvolvida na Holanda, lá é possível produzir 25 mil pés de cannabis que rendem até 4,5 toneladas de maconha por ano. A loja de NY, onde o uso recreativo ainda é proibido, vai servir para fortalecer a estratégia de Bierman e Modlin de oferecer um produto diferenciado, tipo um baseado gourmet. E parece estar funcionando, já que a imprensa americana a apelidou de “a Barney’s da maconha”, em referência à loja de departamentos chicosa.

Mas tem quem rechace a comparação. “Se de fato tivéssemos que comparar nosso negócio com o varejo de moda, eu provavelmente diria que, com base nos volumes que produzimos, estamos mais pra Nordstrom e Target”, B.J. Carretta, diretor de marketing da MedMen, disse em entrevista recente. “A Target tem uma ótima estratégia de posicionamento de produtos e ótimas marcas, além de ser acessível para todos os bolsos, como nós”, completou o executivo. E ele tem razão: há canetas vaporizadas há venda na MedMen por valores entre US$ 20 (R$ 68,90) e US$ 200 (R$ 689), e são todas sucessos de vendas. (Por Anderson Antunes)

Point cobiçado e decoração caprichada. No cartaz, a vovó Barbra || Créditos: Reprodução

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