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Rafael Cardoso || Créditos: Juliana Rezende
Rafael Cardoso || Créditos: Juliana Rezende

Glamurama foi perguntar para Rafael Cardoso por que ele aceitou emendar trabalhos na Globo. Acabou de fazer um dos personagens centrais de “O Outro Lado do Paraíso” e já está também em um dos papeis principais de “Espelho da Vida”. A resposta surpreendeu, tamanha honestidade. “Pra gerar dinheiro para poder construir… Usar o máximo que posso [as oportunidades na emissora], e falo com toda franqueza, gerar dinheiro pra ter minha independência financeira e… O que é mais importante pra mim hoje? Minha família. E não estou feliz aqui. Ter que comprar carro blindado que aguente AK47 e 762 pra eu ficar tranquilo. Querendo ou não, sou uma pessoa pública, os caras [bandidos] conhecem e vem… ‘Ah, você tá montado [na grana]’. E querem sequestrar. Deus me perdoe, não vai acontecer nada. Mas sempre fico com o c* na mão. Fico mesmo. É fod*. Estou nesse momento, quem sabe não melhora, mas é assim que me sinto hoje. Adoro fazer o que faço. Mas penso: estou cansado [da outra novela], vou ficar em casa? Não, vou lá trabalhar porque vai me gerar dinheiro. Gosto de trabalhar, fomento as outras coisas e é uma forma de eu acelerar o processo [de ir embora do país]”.

E mais: “Tem muita coisa acontecendo lá fora. Não só como ator. São oportunidades de negócio pra mim, umas fazendas de orgânicos de amigos que estão dando muito certo lá [ele trabalha com isso no Brasil]. Tem grande possibilidade de eu ir, dentro de poucos anos devo estar partindo. Acho que dá pra levar as duas coisas [continuar sendo artista e investir mais como empresário], mas costumo não projetar muito porque a expectativa só gera frustração, então vou vivendo, vendo o que a vida apresenta pra mim, eu vou levando…”

Portugal seria uma opção? “Não, quero ir para perto de Nova York. A Mari [Bridi, mulher dele] já morou lá, a Sonia [Bridi, jornalista da Globo] também está querendo ir… A gente está trabalhando para a família ir junto. Estamos numa panela de pressão mesmo, a gente vive quase uma barbárie. É muita coisa. Educação, saúde… Se começar a falar de política aqui, são três horas e meia. Mas estou bastante desgostoso. Hoje mesmo pararam a Avenida Brasil. Eu ando de carro blindado, mas outro dia assaltaram de fuzil perto da minha casa. Nem o blindado segura mais, Estou meio de saco cheio”.

Será que Rafael gostaria de poder andar armado? “Andar armado, não. Violência gera violência. Não sou a favor de arma. Numa hora inoportuna discute e aí vira tragédia. Pra mim, não consigo ver de outra forma”.

E vai abandonar esses milhões de telespectadores que acompanham seu trabalho nas novelas? “Vou achar outras formas… Fazer um programa falando de coisa legal.. De coisas que acredito. Já tenho vários projetos nesse sentido, quero fomentar esse outro lado também. Devo fazer sempre algo relacionado à arte, continuar em contato com o público de alguma forma. Mas não tenho esse apeguinho [à fama, à carreira], nenhum… Graças a Deus, vai pra casa do caral$%, desculpe a expressão”.

Reparamos que Rafael estava sujo de tinta. “Eu estou todo pintado. Tenho serralheria e marcenaria em casa. Meu pai é serralheiro, meu tio marceneiro. Aprendi tudo com eles, sei mesmo. Faço mesa e cadeira. O que tiver que fazer, faço. Já fiz uma mesa pra Sonia”. (por Michelle Licory)

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