Eles têm um quê de diferentões e não se encaixam em qualquer padrão. J.P listou toda essa gente bacana que rompe com o tradicional e tem aquela vibe cool que adoramos. E mais: uma seleção do que tem tudo a ver com esse universo
Por Julia Reina para a Revista J.P
QUEM SÃO? Siga a seta!
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Mais: Sumitra Dhyan – Vanessa Kryss – Muriel e Michele Matalon – Paula Ferber – Mario Cirri – Carlos Motta e Sibylla Simonek – Claudio Edinger – Jeanete e Bruno Musatti – Sandra Gadelha – Gilda Midani – Selma Egrei – Silvia Hennel – Alix Duvernoy – Bruna Lombardi e Carlos Alberto Riccelli – Maria Casadevall – Eli Sudbrack – Paulinho Maluhy – Concepcion Cochrane Blaquier – Juliana Overmeer – Paulus Magnus – Pedro Igor Alcântara – Manoela Teixeira – Helena Linhares – Marquito Raduan – Marcela Scarpa – Carol Francischini – Thereza de Barros Martins – Danielle Faustini – Daniela Laloum – Nina e Julia Sander – Adriana Mattos – Adriana Barra – Teca Toscano – Daniela Kurc – Renata Rocha
ONDE VÃO?
Piracanga
J.P já adiantou: a ecovila é uma comunidade das mais radicais, não se pode levar nem pasta de dente, já que qualquer coisa pode contaminar o ainda imaculado lençol freático que a banha. Tem centro de terapia holística e toda a energia usada é solar. Se a ideia não for se mudar de vez, dá pra passar uma temporada mais curta fazendo aquele detox da civilização.
Esalen Institute, Big Sur
O centro de estudos alternativos fundado há 50 anos perto de Berkeley, na Califórnia, foi o berço da psicologia moderna nos Estados Unidos. A atmosfera de revolução cultural foca nas disciplinas alternativas como meditação, massagem, ioga, espiritualidade, ecologia, psicologia, artes e música. O que pregam? “Liberdade intelectual e sistemas além das normas sociais.”
Alto Paraíso
Praticamente uma versão atual das comunidades dos anos 1960, Alto Paraíso tem sido o destino de descolados em busca de cenários lisérgico e isolados. Já virou referência em sustentabilidade no Brasil – e no mundo – e é o epicentro do movimento moderno em busca de uma vida fora dos padrões, voltada para o autoconhecimento e a espiritualidade.
We are Bahia
Os movimentos de contracultura dos anos 60 e 70 tiveram três redutos na Bahia: Arembepe, Ilha de Itaparica e Arraial d’Ajuda, no sul do estado. Arembepe ganhou as manchetes por ter recebido Janis Joplin no verão de 1970. A antiga colônia hippie ainda é um vilarejo frequentado pelos alternativos modernos.
Mais: Cacha-Pregos – Serra da Bocaina – Trindade – Chapada dos Veadeiros – Alter do Chão – Festival Forró da Lua Cheia – Festival Internacional de Cultura Alternativa de Arembepe. NO PASSADO: Lira Paulistana – Circo Voador – Canoa Quebrada
DAS ANTIGAS
Anaïs Nin
Filha de um músico cubano e de uma cantora franco-dinamarquesa, ela chegou a trabalhar como modelo para pintores das rodas boêmias parisienses e foi amante de Henry Miller. Sua escrita destemida e ousada transgredia a sociedade opressora e machista de sua época e seus diários exalavam paixão e erotismo.
Beatniks
O movimento de contracultura dos anos 1950/1960 pregava um estilo de vida anti-materialista. Foi o escritor americano Jack Kerouac que popularizou o termo “beat” para definir o submundo da juventude rebelde nova-iorquina que se concentrava em bairros como o Village. “Uma geração de loucos, iluminados, hipsters fez subitamente a América ascender e avançar, seriamente a vadiar e a pedir boleia em todo o lado”, escreveu.
Mais escritores: Henry Miller – Caio Fernando Abreu – J. D. Salinger – Neal Cassady – Allen Ginsberg – Walt Whitman – Nikolai Gogol
Novos Baianos
O movimento nascido em 1969, em Salvador, tinha seu próprio sistema alternativo de viver. A trupe mambembe formada por Luiz Galvão, Paulinho Boca de Cantor, Moraes Moreira, Pepeu Gomes e Baby Consuelo acabou protagonizando um dos mais importantes movimentos da contracultura brasileiros, na onda dos beatniks nova-iorquinos. Moravam juntos e chamavam sua filosofia de vida de “neossocialismo”, um escape em tempos de repressão.
Tropicália
Na mesma onda de revolução cultural e inconformismo, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Torquato Neto, Os Mutantes e Tom Zé se uniram no fim da década de 1960 a figuras das artes plásticas como Hélio Oiticica, do cinema, como Glauber Rocha, e do teatro, como José Celso Martinez Corrêa, para romper com os padrões e questionar a ditadura militar. Usavam looks coloridos, cabelos compridos e abusavam de paródias e deboches.
Mais influências: Asdrúbal Trouxe o Trombone – Monty Python – Vanguarda Paulista – The Mamas & The Papas – Crosby, Stills, Nash & Young – Simon & Garfunkel – Joni Mitchell – Tom Zé
AMANHÃ
Não é qualquer lugar que consegue garantir uma educação mente aberta, mas é com estas escolas que moradores do eixo Rio-São Paulo buscam fugir do tradicional
SÃO PAULO: Waldorf, Vera Cruz, Gracinha, Escola da Vila, Escola Viva, Equipe
RJ: Escola Sá Pereira, Escola Parque
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