Leiloado em 2017 pela soma recorde de US$ 450 milhões (R$ 2,29 bilhões), o famoso quadro “Salvator Mundi” atribuído a Leonardo Da Vinci agora está no centro de uma disputa judicial de cifras ainda mais exorbitantes envolvendo um dealer suíço e um bilionário russo.
Os envolvidos no caso são Dmitry Rybolovlev, que fez fortuna no segmento e fertilizantes da Rússia, e Yves Bouvier, um dos maiores nomes do mercado de artes da Suíça.
O primeiro acusa o segundo de tê-lo vendido obras de arte de procedência questionável, aí incluído o óleo sobre tela que supostamente teria sido assinado por Da Vinci.
Especialistas, no entanto, acreditam que “Salvator Mundi” foi, na verdade, produzido por um discípulo do gênio italiano que o ajudava em seu atelier em Florença.
Mas Rybolovlev reclama que essa e muitas outras telas, em um total de 38, lhe foram vendidas por Bouvier sem que seus provenances fossem devidamente checados.
Apelido de “The Bouvier Affair” pela mídia internacional, o imbróglio poderá resultar em uma indenização de até US$ 1 bilhão (R$ 5,08 bilhões) a ser paga para o russo pelo marchand suíço, que nega as acusações e jura de pés juntos jamais ter vendido gato por lebre. (Por Anderson Antunes)
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