João Carlos Martins anda ocupado com um projeto ambicioso: formar 300 orquestras até 2020. Pioneiro na capacitação de regentes, o projeto criado em parceria com o Sesi-SP e a Fiesp surgiu a partir de um levantamento que constatou que a maioria das cidades do interior do estado de São Paulo não possui uma orquestra.
Engajado em reverter esse quadro, eles propõem que os participantes atuem não só como regentes, mas também como gestores de suas orquestras, fazendo a diferença na sociedade.
A ideia napoleônica do maestro e de Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Sesi-SP? Multiplicar a Bachiana e criar pequenas orquestras em todo o estado com o “Orquestrando São Paulo” – que pode se transformar depois em “Orquestrando Brasil”. “Tenho certeza de que esse projeto vai dar oportunidade a uma porção de novos talentos”, falou Skaf. A referência vem da Venezuela, o El Sistema, que nos últimos 40 anos permitiu a inclusão social de milhares de jovens através da música e colocou o tema na pauta de gestores culturais mundo afora.
No curso, videoaulas com técnicas para o aperfeiçoamento dos regentes e material didático focado em difundir noções sobre a gestão, a manutenção financeira e a participação dessas futuras orquestras em processos de seleção e editais de incentivo à cultura.
A primeira apresentação do projeto acontece neste domingo no Theatro Municipal de São Paulo. A partir das 15h30 serão apresentados os 20 primeiros participantes do projeto. Na sequência, o maestro rege a Bachiana Filarmônica Sesi-SP, às 16h.
As inscrições para as duas primeiras turmas já estão encerradas – foram mais de 100 inscritos nas primeiras semanas. As vagas para as próximas turmas serão abertas em breve no portal www.orquestrandosaopaulo.com.br. Podem se inscrever músicos, regentes e responsáveis por bandas e orquestras de todas as partes do Estado.
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