Detalhes de um processo movido contra Kevin Spacey pela produtora Media Rights Capital dão conta de que as alegações de assédio e abuso sexual feitas em 2019 contra o ator são muito mais sérias do que pareciam
ser inicialmente. Obtida pelo “New York Post”, uma transcrição da ação indica que Spacey teria até mesmo “agarrado as partes” de um funcionário da empresa, que é responsável pela produção de “House of Cards”.
Dona da atração, a Media Rights Capital decidiu processá-lo por dezenas de milhões de dólares sob a acusação de que sua má conduta nos bastidores diminuiu o valor de “House of Cards”, que foi estrelada pelo vencedor do Oscar em 1996 (por “Os Suspeitos”) e 2000 (por “Beleza Americana”) entre a estreia, em 2013, e 2017.
O time legal de Spacey, no entanto, afirma nos autos que se houve algum crime este foi cometido pela Media Rights Capital, que ao que tudo indica suspendeu sem aviso prévio os pagamentos que devia a ele assim que seu nome começou a ser citado pela imprensa no escândalo que também acabou lhe custando o trabalho.
Aliás, vários integrantes do elenco e da equipe de filmagens de “House of Cards” são citados como testemunhas no tal processo, e alguns descreveram Spacey – que continua negando ter cometido crimes – como alguém de comportamento “predatório”. Uma nova audiência sobre o caso foi marcada para junho, desta vez com a presença de todos os envolvidos. (Por Anderson Antunes)
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