A prisão do milionário americano Jeffrey E. Epstein na semana passada está sendo acompanhada com lupa pelos assessores mais próximos da rainha Elizabeth II. O motivo? O caso ameaça trazer novamente à tona um dos maiores pesadelos dela: as supostas relações sexuais mantidas entre o príncipe Andrew, um dos filhos da monarca, e uma menor de idade. Reveladas em 2015, estas teriam ocorrido entre 1999 e 2002 em encontros organizados pelo próprio Epstein em suas propriedades de Nova York e Londres, e também em uma ilha que o financista de Wall Street tem no Caribe.
Na época, Andrew alegou que não fez nada de errado e chegou a defender aquele que já foi seu ‘bff’, afirmando que desconhecia qualquer tipo de má conduta dele. Frise-se que o príncipe, que é o número oito na linha de sucessão ao trono atualmente ocupado por sua mãe, foi até recentemente um dos amigos notórios mais próximos do encrencado milionário, mas no momento não quer vê-lo nem pintado de ouro por razões óbvias.
O problema é que agora as autoridades americanas estão determinadas a provar que Epstein realmente tem culpa no cartório, inclusive por terem sido acusadas de não fazer isso no passado quando tiveram a chance. Some-se a isso a ascensão do movimento #MeToo, que mudou a forma como ricos e famosos são tratados nesses imbróglios envolvendo crimes sexuais, e dá pra dizer que um dos maiores esqueletos da história recente da monarquia britânica pode estar prestes a sair do armário. God, save the Queen! (Por Anderson Antunes)