Se tem uma coisa que Mohammed bin Salman, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, sabe fazer muito bem quando não está orquestrando operações anticorrupção em seu país é gastar dinheiro. A prova disso é que, segundo o “The New York Times”, ele comprou a casa mais cara do mundo – trata-se do famoso Château Louis XIV, uma propriedade localizada em uma área de 226 mil metros quadrados entre as cidades de Versailles e Marly-le-Rois, nos arredores de Paris, colocada à venda por US$ 301 milhões (R$ 988,5 milhões).
Apesar do nome histórico, o imóvel de 7 mil metros quadrados é recente. Foi construído entre 2008 e 2011 sob os mesmos padrões e regras arquitetônicas do século 17 por encomenda do empresário libanês Emad Khashoggi. Entre as benfeitorias, um enorme aquário, adega completa para vinhos, cinema e, na parte externa, fontes, esculturas de mármore e até um labirinto coberto no jardim. E isso sem contar a parte tecnológica: o château pode ser inteiramente controlado por meio de um aplicativo para smartphone. Mohammed, de 32 anos, já possui outro imóvel parecido na região, distante cerca de uma hora da capital francesa e conhecido como “Le Rouvray”.
Apaixonado por tudo que é sinônimo de luxo, ele já tinha dado o que falar no ano passado por conta da oferta irrecusável feita pelo mega-iate “Serene”, do bilionário russo, Yuri Shefler, momentos depois de avistá-lo em um porto no sul da França, em 2014. Na época, Mohammed ofereceu a Yuri € 500 milhões (R$ 1,94 bilhão) pela embarcação, bem mais do que os US$ 330 milhões (R$ 1,08 bilhão) que ela havia custado ao russo. O negócio foi fechado na hora.
Mais recentemente, o controverso príncipe também desembolsou perto de US$ 500 milhões (R$ 1,64 bilhão) para arrematar o quadro “Salvator Mundi”, de Leonardo Da Vinci, vendido no maior leilão de um objeto de arte da história no mês passado. Nesse caso, no entanto, a negociação foi realizada tendo como titular um primo distante dele, o também príncipe Bader bin Abdullah bin Mohammed bin Farhan al Saud, em uma tentativa de mantê-lo longe dos holofotes que acabou não dando muito certo. (Por Anderson Antunes)