O suposto ataque homofóbico sofrido no fim do mês passado por Jussie Smollett, o Jamal Lyon da série “Empire”, acabou se tornando uma misteriosa novela sem fim. Isso porque há dias que parte da grande imprensa americana publica matérias dando ênfase a suspeitas de que o próprio ator de 36 anos forjou toda a agressão, que foi condenada até pelo presidente Donald Trump, com o objetivo de chamar a atenção dos produtores da atração hypada da “Fox”, que cogitavam demiti-lo por motivos ainda não muito bem esclarecidos.
Para piorar a situação de Smollett, que é gay assumido, no último sábado a polícia de Chicago – onde o crime teria acontecido – afirmou que começou a investigar a hipótese de que ele contratou dois irmãos nigerianos que já fizeram figuração em “Empire” para atuarem como seus supostos algozes. Ambos foram interrogados e chegaram a ser presos, mas foram soltos depois que concordaram em “confessar toda a trama”, segundo o canal “Fox 32” da cidade. Smollett continua jurando de pés juntos que é a única vítima da história, e em entrevista para a revista “Entertainment Weekly” os advogados do astro da telinha afirmaram que seu cliente está “irritado e abalado” com as suspeitas a seu respeito.
Para se ter uma ideia do tamanho do imbróglio, nesse domingo ninguém menos que Nancy Pelosi, a presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos e mulher mais poderosa do país no momento, deletou o post que fez no Twitter logo depois da publicação das primeiras notícias de que Smollett havia sido agredido, em 29 de janeiro, que continha uma mensagem de solidariedade ao ator. Na ocasião, a política declarou no microblog que “um ataque homofóbico contra uma pessoa é uma afronta para toda a sociedade [americana]”. (Por Anderson Antunes)