A quarentena resultou em centenas de milhões de pessoas ao redor do mundo tendo a oportunidade de passar mais tempo em casa brincando com seus pets, e essa interação entre os humanos e os seus melhores amigos de quatro patas está servindo para aquecer ainda mais uma indústria que há tempos já estava crescendo a passos largos: a de produtos de moda para os bichanos.
Não é de hoje que grandes grifes como a Chanel e a Gucci voltaram seus olhos para os cãezinhos e gatinhos de seus clientes, que como resultado da maior convivência com seus entediados donos acabaram se tornando uma espécie de “modeletes domésticos” deles.
Só para se ter uma ideia, a venda de roupinhas e acessórios para os doguinhos e afins apenas no eBay aumentou cerca de 45% de janeiro pra cá, e resultado similar também foi conferido em outras grandes plataformas de e-commerce como a Amazon.
Não bastasse isso, a italiana Dsquared2 acaba de anunciar que vai criar uma linha apenas para cães e gatos, ao passo que a ultra-popular H&M deverá aumentar a lista de itens de uma sua lançada há anos que voltou a ser sucesso com a pandemia.
Estimativas apontam que o mercado mundial de “pet products” deverá movimentar US$ 202,6 bilhões por ano a partir de 2025, com os produtos de moda respondendo por boa parte dessa cifra. Em tempos de queda de receitas generalizada, inclusive para as grandes maisons, trata-se de um segmento que simplesmente não pode ser ignorado. (Por Anderson Antunes)