O Super Bowl não é “super” por acaso. Atrás apenas da Copa do Mundo da FIFA e das Olimpíadas na lista dos maiores eventos esportivos do planeta em termos financeiros, a grande final da Liga de Futebol Americano (NFL, na sigla em inglês) leva vantagem por ser bem mais curta que os concorrentes, já que se resume a praticamente um fim de semana. Mas que fim de semana!
Glamurama revela a seguir as cifras que provam porque o Super Bowl – que neste ano será disputado pelo New England Patriots (time de Tom Brady, o marido de Gisele Bündchen) e o Philadelphia Eagles -, é muito mais do que dois times em campo se enfrentando para provar qual é o melhor. Um grande jogo do bilhão. (Por Anderson Antunes)
O horário comercial mais caro
Com audiência média de 110 milhões de telespectadores nos Estados Unidos, de longe a maior no país, o Super Bowl é o principal produto das redes de televisão de lá, que se revezam de tempos em tempos para transmiti-lo. A felizarda este ano é a NBC, que está cobrando US$ 5,05 milhões (R$ 16,2 milhões) aos anunciantes que a procuram para exibir comerciais no intervalo do game. E olha que isso é só pelas inserções de 30 segundos, hein! No total, a NBC deverá faturar mais de US$ 534 milhões (R$ 1,72 bilhão) com a venda de horários de comerciais que irão ao ar durante a partida entre o Patriots e o Eagles. Em nenhuma outra ocasião, nem no Oscar, o custo para anunciar produtos por apenas alguns segundos na televisão é tão alto.
O intervalo que é parte do show
Os comerciais do Super Bowl também costumam ser muito bem produzidos, até porque inúmeros americanos assistem a grande final só pra ver os filminhos (46% deles já declararam isso, segundo pesquisa recente da consultoria americana Statista). E as empresas costumam investir pesado nessas produções, como foi o caso da
Anheuser-Busch InBev no ano passado: a cervejaria gastou US$ 35 milhões (R$ 112,6 milhões) em um comercial da cerveja Bud Light. Os valores também se explicam pelos cachês altíssimos pedidos por alguns famosos, como foi o caso de Bob Dylan em 2004, quando o cantor estreou no mundo publicitário contracenando com a brasileira Adriana Lima em um comercial da Victoria’s Secret, honrando um comentário que fez de brincadeira em 1965 sobre sua relutância em emprestar imagem e voz para grandes companhias. “Só aceito fazer algo para uma marca de lingerie”, ele disse na época. O vencedor do prêmio Nobel em 2016 recebeu mais de US$ 8 milhões (R$ 25,7 milhões) pelo métier.
Disputa no campo, vitória nas gôndolas…
O Super Bowl vai muito além da televisão. Considerado o quarto maior evento do calendário americano, só fica atrás de três grandes feriados quando o assunto são as vendas em varejo: Dia dos Pais, Dia dos Namorados e Dia das Mães. Isso porque muitas pessoas organizam festas em casa para assistir o jogo e precisam de bebida e comida para receber os amigos, e só as vendas do salgadinho Doritos disparam mais de 48% nas 24h anteriores. No ano passado, os americanos gastaram em um fim de semana mais de US$ 15,5 bilhões (R$ 49,9 bilhões) em compras relativas ao Super Bowl. É mais do que eles gastam no Halloween (US$ 9,1 bilhões/R$ 29,3 bilhões) e no St. Patrick’s Day (US$ 5,3 bilhões/R$ 17 bilhões) juntos.
Os anfitriões também faturam alto
A grande final da NFL também faz muito bem para a cidade sede. Neste ano a escolhida foi Minneapolis, no estado americano do Minnesota, que com cerca de 413 mil habitantes vai receber um número considerável de turistas que irão gastar mais de US$ 350 milhões (R$ 1,12 bilhão) em hotéis, restaurantes e afins. Se for contar a exposição gratuita em mídia que a cidade vai receber nas próximas horas, os benefícios financeiros passam de US$ 1 bilhão (R$ 3,22 bilhões).
Jogo sério para a indústria de apostas
Os americanos, que também são chegados numa “fezinha”, aproveitam o clima em torno do Super Bowl para apostar. Estimativas apontam que essa brincadeira consome mais de US$ 4 bilhões (R$ 12,9 bilhões) todos os anos, sendo que a maior parte desse valor é referente a apostas e bolões feitos entre amigos e colegas de trabalho. Anualmente, os americanos gastam mais de US$ 150 bilhões (R$ 482,5 bilhões) com apostas esportivas, que no caso do Super Bowl são das mais variadas: desde quem será o vencedor do jogo, ao número total de sua audiência televisiva e até a quantidade de vezes em que o rosto de Gisele vai aparecer na telinha (4, estimam os experts no assunto, na edição deste ano).