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Jair Bolsonaro || Créditos: Reprodução
Jair Bolsonaro || Créditos: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) causou repercussão nesse domingo ao discursar em emissoras de rádio e TV sobre o feriado da Independência do Brasil. Após mais de três meses sem se pronunciar em cadeia nacional, ele foi criticado nas redes sociais e panelaços ocorreram durante sua aparição. A seguir, veja essa e outras declarações polêmicas de Bolsonaro.

7 de setembro

Em seu discurso, o presidente disse que, em 1822, o Brasil “dizia ao mundo que nunca mais aceitaria ser submisso a qualquer outra nação”. No entanto, internautas lembraram nas redes sociais que Bolsonaro já bateu continência para a bandeira dos Estados Unidos e que, em alguns momentos, esperou posicionamentos de Donald Trump para conseguir tomar suas decisões. O presidente disse também defender a democracia, ao mesmo tempo que exaltou o golpe de 1964, responsável por instaurar a ditadura militar no Brasil.

Gripezinha

Em março deste ano, quando a pandemia do novo coronavírus começou a ganhar força no Brasil, Bolsonaro apareceu em rede nacional dizendo que a imprensa brasileira tinha espalhado pânico em torno da doença e que não passava de uma “gripezinha”. Ele também criticou governadores por determinarem a quarentena e disse que era preciso enfrentar o vírus. “No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quanto muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho”, argumentou. A fala foi recebida com panelaços pelo País.

Demissão de Moro

Ao se pronunciar a respeito da demissão do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, em abril passado, o presidente falou sobre assuntos aleatórios. Chamou a atenção o fato de Bolsonaro dizer que teria pedido para que o aquecedor da piscina do Palácio da Alvorada fosse desligado, como prova de boa gestão e respeito ao dinheiro público. Por causa da repercussão da fala, depois foi comprovado que a piscina trabalha com sistema de aquecimento solar há quase duas décadas.

Cloroquina

Em abril, Bolsonaro fez outro pronunciamento sobre a pandemia de Covid-19 e recomendou o uso da cloroquina para o tratamento da doença. O problema é que o medicamento não tem eficácia comprovada em casos de pacientes com coronavírus. No entanto, a droga é receitada para doenças como lúpus e malária. Sendo assim, o comportamento do presidente foi criticado visto que as pessoas que fazem uso do remédio teriam dificuldade de encontrá-lo se aumentasse a demanda por causa da pandemia. Além disso, médicos criticaram a fala de Bolsonaro, já que, quando utilizada sem a recomendação devida, há risco de efeitos colaterais gravíssimos, como arritmia cardíaca e danos à visão e audição. (Giorgia Cavicchioli)

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