A barreira de seguranças em frente à casa de Bete e Marcos Arbaitman, no Jardim Europa, na noite dessa terça-feira, já sinalizava: o poder financeiro do país daria as caras por ali. Empresários, políticos e, principalmente, banqueiros baixaram em peso para prestigiar o homenageado da noite: o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Até Joseph Safra, do Banco Safra, que raramente aparece em público, ficou seus cinco minutos por lá. Boni Oliveira também pegou a ponte aérea especialmente para o evento. Duas ausências sentidas: a da família Setúbal e dos Moreira Salles, do Itaú Unibanco.
* A noite foi além de um encontro informal. Henrique Meirelles, que antes do jantar fez um bate-volta até Brasília para se encontrar com o presidente Lula, anunciou a filiação ao PMDB – e com direito a discurso. Mas antes ele falou ao Glamurama: "A filiação está confirmada para uma opção eleitoral em 2010. Ainda não há nenhuma candidatura. Continuo, por enquanto, 100% dedicado ao Banco Central". Apesar de Meirelles fazer mistério em relação a uma futura candidatura política, especulava-se nas rodinhas a possibilidade de ele ser o vice de Dilma Rousseff numa chapa à presidência da República.
* Torcida é o que não vai faltar. "Ele é um homem muito bem preparado, de atitude ponderada e que pode se candidatar a qualquer cargo", disse José Ermírio de Moraes Neto, presidente do Banco Votorantim. O que foi reforçado por Claudio Lottenberg, médico e presidente do hospital Albert Einstein: "É um homem político com perfil técnico diferenciado. Consegue unir vocação e conteúdo". Já Pedro Piva, da Klabin, fez ponderações. "Acho que ele poderia se candidatar a senador, vice da Dilma ou a qualquer outra coisa. Menos a presidente da República porque o povo não vota em banqueiro."
* Os dois últimos a chegar à festa foram Paulo Skaf, presidente da Fiesp, e Benjamin Steinbruch, presidente da Companhia Siderúrgica Nacional. "Só podemos dizer que não viemos de Brasília", brincou Steinbruch sobre o motivo de terem chegado juntos. Em um bate-papo político no fim do evento, os dois foram sondados sobre um possível interesse em candidaturas políticas. "Aqui não há chance", falou o presidente da CSN. Já Paulo Skaf não disse que sim nem que não. "Meu amigo Meirelles tem uma história política muito maior do que a minha". Vá à galeria de fotos para ver quem mais passou por lá.
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