Se os ingleses inventaram o futebol como o conhecemos em 1863, foi Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, que com suas jogadas fenomenais de deixar adversários desnorteados e torcedores de queixo caído, inseriu no esporte mais praticado do mundo o termo “futebol arte”.
Maior exemplo disso é que todos os tipos de gols, dribles e movimentos ovacionados por craques atuais – e dos últimos cinquenta anos – são obras já realizadas pelos pés do considerado o melhor jogador de futebol de todos os tempos. Os famosos dribles desconcertantes de Johan Cruijff, Cristiano Ronaldo, Andrés Iniesta, David Beckham e Ronaldo “fenômeno” foram criados por Pelé, assim como os chapéus dados por Romário, Bebeto, Maradona e Ronaldinho Gaúcho. Os chutões a gol e certeiros de fora da área de Lionel Messi, Zidane e Roberto Carlos também entram na lista.
Todos foram inventados pelo brasileiro que fez carreira no Santos Futebol Clube e se tornou o único jogador a ganhar três Copas do Mundo (1958, 1962 e 1970), a atingir a marca de 1.283 gols feitos e, agora empatado com Neymar, é o maior goleador da história da seleção brasileira, com 77 gols em 92 jogos. Como diz a frase popular, e colocando o brasileiro como ponto inicial e influência máxima, “nada se cria, tudo se copia”.
Edson Arantes do Nascimento morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, em decorrência da falência de múltiplos órgãos, resultada da progressão de um câncer de cólon, diagnosticada em setembro de 2021. O ex-jogador estava internado desde 29 de novembro no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para reavaliação da quimioterapia. Mas, o Pelé, aquele que encantou o mundo com seu jeito estonteante de jogar futebol, esse será eterno. Descanse em paz, Rei.
Texto publicado na nova edição da Revista Poder.
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