Peito ‘cabeludo’ de Macron pode ter ajudado o presidente da França a se reeleger. Entenda!

Foto: Reprodução/Soazig de la Moissonnière

Tá lá pra todo mundo ver: Emmanuel Macron, presidente reeleito da França, estirado em um sofá de couro pra hipster nenhum colocar defeito, aparentemente em um momento de descanso da campanha na qual disputou voto a voto com a extremista de direita Marine Le Pen e que resultou em sua vitória, nesse domingo (24).

Usando apenas calça social e camisa branca da Jonas & Cie., sua marca de roupas favorita, e com a última desabotoada o suficiente para revelar seu peito cabeludo, Macron nem de longe lembra um político tradicional no clique registrado por sua fotógrafa oficial, Soazig de la Moissonnière, que geralmente o “flagra” em momentos de pausa no trabalho. E, possivelmente, de propósito.

Com parte do eleitorado francês mais jovem flertando cada vez mais com os extremos políticos, Macron busca há tempos acabar com sua imagem de “presidente dos ricos” ou “submisso” que muitos tentaram lhe atribuir nos últimos anos.

A foto de la Moissonnière, portanto, pode ter lhe servido para melhorar sua reputação junto a esse público, que inclui muitos membros da comunidade LGBTQIA+ da França, que representa 6,5% dos eleitores do país, e que por motivos variados foi significativamente conquistado por Le Pen, tal como os “bohos”, expressão usada para descrever a boêmia chique de Paris, conforme pesquisas recentes indicaram.

Curiosamente, muitos desses levantamentos também apontaram que os homens gays franceses, em particular, preferem peitos cobertos por pelos ao invés de depilados, uma característica de “macho man” que Macron também se empenhou bastante para ganhar.

Não é de hoje que a estética dos políticos é levada muito em conta por seus assessores em eleições, mas Macron, em especial, deu muito mais importância a isso do que seus colegas de outros países. Em tempos de conquistas de nichos sendo tão importantes quanto as de massas, o peito cabeludo de Macron na foto de la Moissonnière não é qualquer coisa, e quem sabe até o ajudou a derrotar Le Pen, assim como a “rhétorique agressive” de outros políticos mundo afora pode ter sido exatamente o que os ajudou a chegar ao poder.

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