Gigante da arquitetura brasileira, Paulo Mendes da Rocha nos deixou nesse domingo, aos 92 anos, depois de lutar contra o câncer. Em atividade desde 1955, dono de uma carreira brilhante, o arquiteto foi o segundo brasileiro, depois de Oscar Niemeyer, a ganhar o Pritzker, considerado o “Nobel da arquitetura”. O capixaba deixa várias marcas de seu talento reconhecido internacionalmente pela cidade de São Paulo, como a repaginação da Pinacoteca do Estado, o Mube, no Jardim Europa, a cobertura da praça do Patriarca, o Museu da Língua Portuguesa e, mais recentemente, o Sesc 24 de Maio.
Dois projetos ficaram sem finalização: a Praça dos Museus da USP, que não foi concluída problemas orçamentários, e o Cais das Artes, complexo artístico e museológico em Vitória, paralisado por muitos anos devido a questões judiciais. Em setembro de 2020, Paulo doou seu acervo com 320 projetos para a Casa da Arquitectura, em Portugal. “Antes de mais nada, gostaria que vissem a doação que fiz como uma manifestação da liberdade que tenho de fazer o que eu quiser”, disse o arquiteto, em entrevista à Folha.
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