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Paula Burlamaqui: novo visual, por Felipe Freitas || Créditos: Reprodução/ Instagram
Paula Burlamaqui: novo visual por Felipe Freitas || Créditos: Reprodução/ Instagram

Paula Burlamaqui está em cartaz com “Vou Deixar de Ser Feliz Por Medo de Ficar Triste?”, dirigida por Jorge Farjalla, no Teatro das Artes, no Rio. Na peça, a personagem dela sofre por amar alguém mais jovem e o filho – mais velho que o amado – ser contra. Perguntamos se Paula já deixou de ser feliz por medo de ficar triste… “Já. Hoje em dia não deixaria, não deixo. Mas já deixei de namorar uma pessoa mais jovem por medo de… ‘Ah, vou envelhecer, ele vai me largar’… Já passei por isso, embora hoje meu namorado seja 13 anos mais novo que eu”. Ah, e por falar nisso, ela mandar avisar: “Meu namorado é o ator Edu Reyes, e não meu diretor. Dei um selinho no Farjalla na estreia e já publicaram que estou com ele. Essa gente é muito louca”.

“Eu queria ter nascido homem”

Voltando para o tema da trama. “Quando é o homem com mulher mais jovem, as pessoas acham mais normal. Homem pode tudo. Eu queria ter nascido homem. Mulher neguinho já vê com preconceito, embora hoje cada vez menos… O mundo está se conscientizando que não importa sexo, cor, idade. As grandes tragédias demonstradas na dramaturgia são conflitos de amor, histórias que sofreram algum impedimento, julgamento… É um tema universal”.

“Ele me educou um pouco”

Quando a diferença de idade é boa e quando nem tanto? “Meu primeiro marido, Jorge Guimarães, era 10 anos mais velho que eu e foi maravilhoso. Ele tinha muito mais experiência e me mostrou um mundo que um menino da minha idade não conseguiria, aos 20 e poucos anos. Fiquei muito tempo com ele, que me educou um pouco. Tive um amadurecimento acelerado por causa dele. Por outro lado, nunca namorei um menino de 20 e poucos com a idade que tenho hoje, 50 anos. Não sei como seria”.

“Aí é o início do fim”

O espetáculo fala sobre as diferentes fases de um relacionamento. Para Paula, qual é a mais difícil? “Na vida a dois a coisa mais difícil de superar é a rotina. Um casal precisa ter planos: construir uma casa, ter filhos, fazer uma viagem. Tem que estar sempre planejando algo. Quando os planos acabam, você vai vivendo adormecido com a pessoa. Aí é o início do fim. A paixão tem um tempo. Depois vira um amor, que precisa ser cuidado. Se não for, fica difícil. Já na peça, o mais complicado é superar esse problema que é o filho, grande amor da vida dela até o amor aparecer, não aceitar aquela situação. Ele é mais velho que o namorado da mãe e muito preconceituoso”.

“É injusto ter que escolher”

O que Paula na pele da personagem faria? “Não vale a pena abrir mão do amor da gente por nada, nem por causa do julgamento do filho. Você tem que tentar até o fim. É injusto ter que escolher… Amor de filho, de amigo, de namorado… Cada um ocupa um lugar diferente. Vamos deixar os preconceitos de lado para sermos felizes? Amores são tão raros na vida… O mais legal é que a historia é contada no picadeiro de um circo. E não existe amor mais puro e inocente que o de um palhaço. O palhaço é como se fosse uma criança”.

“Penso em barriga de aluguel”

Perguntamos se a atriz, que vive esse dilema com o filho no espetáculo e comentou que um casal precisa ter planos – como por exemplo ter um filho – nunca quis engravidar. “Eu quis durante muito tempo, nesse meu casamento. Mas não aconteceu. Tem casais com essa incompatibilidade… Depois, quando me separei, não queria mais casar, ter filho… Aí o tempo foi passando, pensei nessa possibilidade… Mas não rolou pra mim. E congelei meus óvulos. Às vezes penso em inseminação, em barriga de aluguel… Não sei, vamos ver”.

“Tenho medo de envelhecer”

Paula, que sempre foi vista como musa, tem medo de envelhecer? “Tenho. Sou muito vaidosa. Mas me cuido. Não bebo muito, como bem, malho todo dia… Faço o que está ao meu alcance”.

Caetano vale mais que um marido?

Caetano Veloso estava na plateia na estreia. Um amigo de longa data… “Pra mim foi muito importante porque eu canto na peça. Não queria, disse que não sei cantar nada… Mas o Farjalla insistiu. Canto ‘Lua Branca’, Chiquinha Gonzaga, muita responsabilidade… E o Caetano veio me dizer: ‘Você não desafinou em nenhum momento’. Ele se emocionou com a peça”. Um amigo assim vale mais que um marido? “É como aquele ditado: ‘vão-se os anéis, ficam os dedos’. Os maridos e namorados passam, os amigos ficam… Um amigo pode valer mais que um marido, um namorado, sim”.

“… tirando a Gloria Pires…”

Paula está realizada com esse espetáculo. De que forma ele satisfaz mais do que fazer uma novela, por exemplo? “Teatro pra mim é sala de aula. Na TV, se precisar, o diretor pode te conduzir take a take. Ficou ruim, repete quantas vezes forem necessárias. Teatro, não. Por isso que eu digo: tirando a Gloria Pires, que é maravilhosa e não faz teatro, todo ator precisa disso”. (por Michelle Licory)

Aqui embaixo, vem ter um gostinho de “Vou Deixar de Ser Feliz por Medo de Ficar Triste?”!

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