Nem mesmo Andrew Lloyd Webber aprovou a última adaptação para o cinema de seu musical mais famoso, “Cats”. Apesar do elenco cheio de estrelas, entre as quais destacavam-se Taylor Swfit em sua estreia na telona e a veterana Judi Dench, a fracassada superprodução estreou em dezembro do ano passado nos cinemas mundiais com críticas de todos os lados por parte da mídia especializada e atraindo um público minguado. O resultado é que, apesar de ter custado entre US$ 80 milhões (R$ 419,5 milhões) e US$ 100 milhões (R$ 524,4 milhões) para ser rodado, o longa cheio de efeitos especiais arrecadou apenas US$ 73 milhões (R$ 382,8 milhões) nas bilheterias internacionais.
“O problema com esse filme é que Tom Hooper decidiu que ninguém envolvido no original para o teatro deveria trabalhar em sua produção”, Webber disse em entrevista ao “The Sunday Times”, citando o diretor de “Cats – O Filme”. “E o negócio inteiro foi ridículo”, completou o dramaturgo, claramente decepcionado com o resultado final do “live action”.
Considerando os custos de divulgação e outras despesas, a Universal – que produziu e distribuiu “Cats” – teve um prejuízo de US$ 113 milhões (R$ 592,6 milhões) além do orçamento multimilionário que reservou para filmar o ambicioso projeto que há anos era discutido em Hollywood. Chamado de “terrível” por James Corden, colega de Swift e Dench no trabalho, o musical cinematográfico recebeu várias Framboesas de Ouro (o “Oscar ao contrário”, dado aos filmes muito ruins), inclusive Pior Filme de 2019, Pior Atriz e Ator Coadjuvante (para Rebel Wilson e Corden), Pior Elenco, Pior Roteiro e Pior Diretor. (Por Anderson Antunes)
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