O Papa Francisco disse, no último domingo (4), que a pandemia do novo coronavírus é a última crise para provar que as forças de mercado sozinhas não produziram os benefícios sociais que seus proponentes prometeram. Falando sobre a fraternidade, o Papa levantou assuntos sobre injustiças sociais, aumento da polarização política, imigração, entre outros temas. Suas declarações fizeram parte dos textos papais das Encíclicas. O documento foi assinado na Itália um dia antes.
O texto chamou a atenção por citar o poeta e diplomata brasileiro Vinicius de Moraes e o Papa fazer uma referência à música Samba da Bênção: “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro na vida”. A frase foi usada em um contexto em que a santidade falava sobre o fato de as pessoas poderem aprender umas com as outras. “Isto implica incluir as periferias. Quem vive nelas tem outro ponto de vista”, disse.
De acordo com o crítico musical Pedro Alexandre Sanches, a escolha de Francisco não poderia ser mais certeira neste momento. “Imagino que ao falar de encontro e desencontro o Papa estava se referindo à polarização que diversas sociedades estão vivendo atualmente. E, como o Brasil é uma delas, faz todo sentido que ele tenha escolhido um texto do Vinicius de Moraes, um brasileiro, para passar esse recado”, afirmou em comentário feito à PODER. (Por Giorgia Cavicchioli)
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