Todos os anos um burburinho se forma em torno dos preparativos do desfile da Victoria’s Secret, que neste ano acontece no dia 28 de novembro em Xangai, na China. O auê não é para menos: o desfile da marca de lingerie conta com o casting mais poderoso do mundo. Neste ano foram escaladas tops como Adriana Lima, Martha Hunt, Lily Aldridge, Jasmine Tookes, Alessandra Ambrosio e Laís Ribeiro, encarregada de usar o milionário Fantasy Bra. Além disso, o desfile tipo show também conta com mega atrações musicais. As deste ano ainda não foram reveladas, mas há rumores de que Taylor Swift e Harry Styles subam na passarela.
Acontece que há muito mistério em torno dos convites para assistir ao desfile. Enquanto a marca alega que eles são restritos a convidados da marca, e não tem valor comercial, há alguns ingressos sendo vendidos por valores altíssimos. O site On Point Events oferece pacote por US$ 37,5 mil (R$ 123 mil) por pessoa para quem quer ir até Xangai assistir ao desfile. A viagem inclui 2 diárias em hotel de luxo a escolha do cliente – Mandarin Oriental ou Peninsula -, transfer do aeroporto para o hotel e o desfile. As experiências VIP especiais e after parties seriam uma forma mascarada de se referir aos ingressos para o desfile. Passagens não estão inclusas, tá?
A empolgação dos chineses em assistir ao espetáculo também é alta. Para eles, a plataforma de compra e venda de ingressos Taobao disponibilizou ingressos a preços a partir de 90 mil Yuan (cerca de R$ 45 mil). Neste caso, onde a venda dos convites foi mais escancarada, há dúvidas sobre a autenticidade deles.
Os passes para ver o desfile ao vivo andam tão altos que, segundo o site “Jing Daily”, a comunidade “2017 Victoria’s Secret Shanghai Fashion Show” alcançou a marca de 70 milhões de visualizações na rede social chinesa Weibo. No espaço virtual há ainda uma onda de críticas a respeito da participação das modelos Gigi e Bella Hadid no desfile. É que internautas vem lembrando um episódio na qual as duas foram pegas zombando de asiáticos no Instagram.
Levar seu desfile para Xangai, o primeiro lugar na China a abrigar loja da VS, é estratégia comercial da marca de lingerie. Em 2016, a marca escalou número record de modelos chinesas em sua passarela – quatro garotas. E embora o desfile tenha sido acusado de apropriação cultural – Elsa Hosk usou asa de dragão nas costas, símbolo importante para a cultura chinesa -, e a cultura da lingerie das chinesas ainda seja muito diferente da das ocidentais, a popularidade da marca na China só cresceu. Outro ponto para a marca ter escolhido o oriente para seu desfile deste ano, é o fato de suas vendas terem diminuído no ocidente. Em 2015, a receita líquida da marca caiu 38% em relação ao ano anterior, para US $ 941 milhões.
O desfile vai apresentar coleção-cápsula assinada à marca pela Balmain. No dia seguinte do desfile, a label vai disponibilizar parte da coleção cápsula em suas lojas físicas e online, aderindo pela primeira vez os moldes See-Now, Buy-Now.
- Neste artigo:
- China,
- desfile,
- Victoria's Secret Fashion Show,
- xangai,