A capacidade de enxergar além em locais em que outros passam batido é uma das qualidades de um grande artista. Wim Wenders é um deles, e a exposição de fotos "Lugares Estranhos e Quietos", que ele abriu ao público, nessa quarta feira, no Masp, é o mais puro exercício desse olhar peculiar.
* Com vício por lugares novos, o diretor que mudou a estética documental com "Buena Vista Social Club" é, antes de tudo, um curioso. "As fotos da exposição têm uma história por trás, seja do local retratado, seja de algo que eu vivi para obter aquele clique." Todas são de paisagens ao redor do mundo, a maioria, em momentos em que ninguém aparece – por isso, o "quietos" do título. "Gosto de dar protagonismo aos lugares. Nos meus filmes eles involuntariamente ocupam o fundo de uma história. Aqui eles são o foco", disse.
* Muito simpático, Wim Wenders abriu a noite com uma entrevista coletiva e depois fez um tour bem tranquilo pela exposição. Quem passou por lá teve a chance de trocar algumas palavras com ele. Não perderam a chance de fazer isso Jorge Cunha Lima, Gustavo Pandolfo, que, por sinal, tem uma obra fotografada na exposição, e Ana Carolina Ralston, entre outros.
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