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Nos séculos XVIII/XIX, as mulheres já desempenhavam um papel muito importante no mercado mundial de vinhos, com nomes como Barbe-Nicole Clicquot e Antónia Adelaide Ferreira. Com o passar dos anos, quem vive no século XXI, não consegue beber uma garrafa de vinho ou espumante sem que haja a influência histórica de grandes enólogas, sommeliers, jornalistas críticas, que desempenham inúmeros papéis imprescindíveis para que essa garrafa que você consome hoje tenha sido produzida.

Um dos rótulos mais conhecidos do mundo, considerado o ápice do Champagne francês, é fruto do incrível e incansável trabalho de gerenciamento, empreendedorismo e dedicação de uma mulher, Barbe-Nicole; talvez você não reconheça esse nome, mas Veuve Clicquot certamente.  Após o falecimento de seu marido e durante as Guerras Napoleônicas, ela se viu, aos 27 anos, à frente do que viria a ser um dos maiores impérios no mundo da bebida: jovem e determinada ela enfrentou o desafio de seguir o legado da empresa e, em pleno século XX, elevou o nome da cidade de Reims, na França. Madame Cilcquot transformou, já naquela época, a Veuve Clicquot em uma das maiores produtoras de champagne do mundo, e uma das lendas comerciais mundiais, abrindo assim as portas para as mulheres no mercado do vinho.

Um dos países mais relevantes no cenário mundial vitivinicultor é Portugal e, dentre os grandes nomes produtores de vinho locais, está Antónia Adelaide Ferreira, um ícone no Alto Douro, que, no século XIX, reergueu um império fundado pelo seu avô, muito conhecido até hoje, a Casa Ferreirinha.

Apreciar os rótulos e vinícolas argentinas é impossível se você não tiver em mente um nome: Susana Balbo. Primeira enóloga argentina, formada em 1975, e um dos nomes mais importantes no cenário da vitivinícola nacional, em 1999 ela assumiu o papel à frente se sua própria vinícola, elevando o mercado de vinhos Argentinos ao fazer algumas modernizações na enologia. Atualmente, Susana comanda a vinícola que leva seu nome em Luján de Cuyo e produz inúmeros rótulos expressivos como a linha Crios.

Pensar em vinhos é pensar em Jancis Robinson: a jornalista inglesa, considerada a maior crítica da área, em 1984 recebeu seu título de Master of Wine, e foi a primeira mulher a estar fora do negócio do vinho a obter a certificação. Além de suas muitas publicações na área que são referência para quem trabalha com vinhos, a inglesa foi uma das responsáveis por selecionar os vinhos do Palácio de Buckingham.

A lista de mulheres que trabalham com vinhos, dentre elas enólogas, sommeliers, viticultoras e críticas crescem a todo instante e coloca em cena o poder ampliador da voz e da participação das mulheres em determinadas áreas que antes eram majoritariamente dominadas por homens.

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