Como um dos homens mais poderosos de Hollywood que um dia foi, Harvey Weinstein era craque na arte de intimidar os outros, aí incluídos famosos e anônimos. Mas durante uma noite de 2006, o ex-bambambã da terra do cinema provou do próprio veneno, e isso graças a um chihuahua chamado Peanut. Quem revelou essa história foi Elizabeth Entin, que na época do ocorrido dividia um apartamento em Nova York com Miriam “Mimi” Haleyi – essa última é uma das acusadoras de Weinstein no processo por crimes sexuais que está sendo julgado nesse momento em uma corte da Big Apple, e afirma ter sido abusada sexualmente por ele em uma ocasião anterior.
Chamada para testemunhar no julgamento, para confirmar se Weinstein e Haleyi realmente se conheciam,Entin contou que o produtor apareceu na porta do apê dela e da amiga do nada, forçou a própria entrada e, sem saber da existência de Peanut, acabou sendo perseguido pelo pet. “A gente meio que começou a rir porque meu cachorro começou a correr atrás dele [Weinstein], que ficou aterrorizado e gritava coisas como ‘O que é essa coisa?’ e ‘Tirem isso de perto de mim!'”, lembrou Entin.
No fim do testemunho, Weinstein, que ouviu tudo calado, deu apenas um sorriso irônico. E quando deixou o tribunal, ao ser questionado por um repórter se tinha medo de chihuahuas, o outrora todo-poderoso respondeu, dessa vez gargalhando, que definitivamente não se parecia com alguém com esse tipo de “fobia”. Mas ninguém mais achou graça… (Por Anderson Antunes)