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Sala de jantar do apartamento de Alessandro Bergamin
Sala de jantar do apartamento de Alessandro Bergamin | Foto: Gui Morelli
Sala de jantar do apartamento de Alessandro Bergamin | Foto: Gui Morelli

Objetos garimpados e uma profusão de cores e texturas compõem o apartamento de Alessandro Bergamin e sua família em São Paulo

Por Thayana Nunes para a revista J.P de novembro

Na estante, brinquedos do filho compõem a decoração ao lado de livros, máscaras da Indonésia, imagens de madeira de São Sebastião e estátuas clássicas de mármore. As paredes, forradas, exibem desde gravuras originais italianas e traços de Andy Warhol a um quadro assinado por Jô Soares – isso mesmo, Jô também é pintor. Visitar o apartamento de Alessandro Bergamin, no bairro de Higienópolis, em São Paulo, pode ser uma verdadeira descoberta, tanto de novos olhares quanto de possibilidades. Tudo porque, ali, cada objeto se completa e encontra seu espaço, apesar das muitas diferenças.

Alessandro é arquiteto e proprietário do Studio Bergamin, no qual vende peças garimpadas pelo Brasil e pelo mundo, além de suas criações. E sua morada parece ser seu laboratório de trabalho: está em constante transformação. Casado com Duda, engenheira que hoje divide com ele o comando da loja, e pai de Pedro, de 12 anos, ele muda sempre os móveis e as cores das paredes e portas, assim como as estampas dos sofás – os da sala de TV são trocados todos os anos. “Desde que nos casamos, há 18 anos, as paredes já foram vermelhas e azuis, as portas pretas e o piso mais claro. Antes de o Pedro nascer, por exemplo, seu quarto era todo floral, parecia uma casa de campo”, diz ele, que agora deixa o garoto coordenar as mudanças. Para compor cada ambiente, ele não se prende a um só estilo, mas gosta de “um pouco de tudo: do artesanato indígena às estátuas de bronze, um sofá americano com uma poltrona inglesa de couro”. E dá certo. “Sempre procuro seguir o meu instinto. Mas compro muita coisa porque simplesmente acho bonito, não foi nada pensado”, revela.

Duda, Alessandro e Pedro Bergamin ao lado do beagle Cappuccino | Foto: Gui Morelli
Duda, Alessandro e Pedro Bergamin ao lado do beagle Cappuccino | Foto: Gui Morelli

Essa veia artística tem razão de existir: Alessandro é sobrinho do também arquiteto Sig Bergamin, famoso por criar projetos cheios de ousadia, e relembra para a J.P do estímulo que recebia nas tardes na casa da avó, que “colocava os netos para pintar e música para dançar”. “Fazíamos peças de teatro, minha mãe pintava porcelana… A vocação veio desde cedo.” A prova de que ele está certo aparece em cada detalhe, que são muitos: imagine transformar duas esculturas que ficavam na entrada de uma antiga fazenda em abajures da suíte principal, ou fazer de uma simples sacola de compras de Nova York uma peça de decoração? “A ideia é ter personalidade. Só assim a casa passa a ter vida.”

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