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Ellen Roche e Eriberto Leão juntos em cena de O Outro Lado do Paraíso” || Créditos: Divulgação
Eriberto Leão, Ana Lucia Torre e Ellen Rocche: o trio que anda dando o que falar em “O Outro Lado do Paraíso” || Créditos: Divulgação

De coitada a atual queridinha da novela das nove, Ellen Rocche, não tem nada. A atriz está na crista da onda – ou melhor, surfando na ótima fase de sua personagem, a enfermeira Suzy da novela “O Outro Lado do Paraíso”. Desde que ela pegou o marido, o psiquiatra e diretor do hospital Samuel, interpretado por Eriberto Leão, no flagra com outro homem, seu papel no folhetim deslanchou. “Nunca almejei ser protagonista. Quero papéis que me desafiem. Me perguntam: você fazendo mais um papel de loira sensual? Isso não me importa, muito pelo contrário, me dá orgulho porque a oportunidade de fazer e acontecer rola durante a trama”, argumenta a moça, que caiu nas graças do horário nobre e anda dando o que falar pelos corredores da Globo… E também nas ruas, onde passou a ser assediada com palavras de incentivo e muito carinho do público. A seguir os highlights de nosso papo exclusivo com a Ellen que, entre uma gravação e outra, conseguiu conversar com Glamurama. Chega mais…

ASSÉDIO

Desde que Suzy começou a ganhar força dentro d trama, na vida real Ellen Rocche tem conquistado uma verdadeira legião de fãs que até então era novidade. “Quando as máscaras caíram, o público se identificou com a personagem e está incentivando Suzy mais e mais”, analisa a atriz, que credita essa mudança de olhar às cenas em que ela pega o marido no flagra com outro homem, em que ela pôde mostrar uma certa carga dramática, mas com humor, uma de suas marcas registradas. “Parece que foi um gol, sabe? Ando nas ruas e as pessoas falam comigo, está sendo ótimo. Sinto que todos têm um carinho muito grande pela personagem que interpreto, elas se sentem vingadas. Suzy conseguiu colocar para fora tudo o que sentia, foi verdadeira e isso faz com que as pessoas se identifiquem. Agora ela vai com tudo, sem medo”, conta.

FUTURO

“Não tenho ambição de ser protagonista. Dizem que eles sofrem e trabalham muito”, diverte-se soltando uma gargalhada. Brincadeiras à parte, Ellen não se vê, por enquanto, na linha de frente. “Protagonismo pra mim é um trabalho bem feito, o reconhecimento de todos. Eu sempre pensei em fazer papéis bacanas, independente do tamanho, mas que me desafiassem. Ultimamente estou almejando papéis que me acrescentem e me façam crescer. Estou passando por isso agora, a Suzy é completamente diferente de mim, eu jamais faria um barraco ou gritaria como ela grita. Nunca fiz isso na vida, mas é gostoso trabalhar esse meu novo lado na TV.”

Com elenco estrelado, “O Outro Lado do Paraíso” é também a chance de Ellen contracenar com atrizes de peso, que a instigam a querer dar o seu melhor. “O elenco é fera, né? Quando passamos alguma leitura de texto e vejo Fernanda Montenegro, Gloria Pires, Ana Lucia Torre, Marieta Severo… Uma constelação. Me sinto inspirada”, entrega.

Ellen Rocche e Eriberto Leão juntos em cena de O Outro Lado do Paraíso” || Créditos: Divulgação

SER OU NÃO SER?

A carreira de Ellen na Rede Globo é curta – apenas três personagens chamaram a atenção do público e da imprensa especializada: a Mulher Mangaba, na novela “Sangue Bom” (2013), Leonora Lammar em “Haja Coração” (2016) e agora Suzy, que não tem nada a ver com as outras. “Acho que todas as minhas participações me engrandeceram como atriz. Tenho o maior orgulho da minha trajetória. A Mulher Mangaba foi um dos papeis que ficaram na memória dos espectadores por ser diferente. É um estereotipo da mulher sexy, toda aquela coisa da mulher fruta”, relembra. “Mas o que mudou meu jeito de pensar e atuar, que fez entrar para a novela das nove, por ter mais confiança, foi a Leonora Lammar. Precisei mudar fisicamente, engordei 12 quilos para interpretar essa personagem”.

“É um desafio, você dar vida e conseguir se reinventar. Muita gente está comentando e é claro que existe um preconceito. Vivem me perguntando ‘mas de novo você vai interpretar um papel de loira, da mulher sexy, sensual?’ A mulher sensual pode ser diferente e, antes que digam alguma coisa, me orgulho de poder interpretá-las. Aos meus olhos, a oportunidade de crescer profissionalmente é dada durante a trama, é trabalhando que mostramos nosso melhor.”

Grávida, Suzy (Ellen Rocche) recebe os mimos e cuidados de Samuel (Eriberto Leão) || Créditos: Divulgação

LADO B

“Até a reviravolta, minha personagem era submissa, aceitava ser enganada, mas a máscara do Samuel caiu e a dela também. Todo sentimento que encobria veio à tona”, diz ela sobre Suzy, que está grávida e esse viés na trama será essencial para a reta final da novela. “Essa gravidez trará um benefício, já que ela está magoada, triste por ter sido enganada, tanto pelo Samuel, quanto pela mãe dele, Adnéia, personagem de Ana Lucia Torre. Essa barriga vai ajudá-la a conseguir o que deseja: atenção, carinho, ser paparicada… É uma criança mais que desejada, tanto que ela vai usar a barriga como arma. Daqui para frente Suzy estará impossível”, brinca.

MAIS HUMOR, POR FAVOR

“Aluna” da “Nova Escolinha do Professor Raimundo”, Ellen interpreta desde o início do remake a personagem Dona Capitu e seu talento para o humor a levou para a novela das nove. “A Suzy ganhou o publico como uma mulher sonhadora, meio sem noção, que fala o que pensa, é engraçada… Ela soube lidar com o drama de uma forma positiva, mesmo tendo sido enganada, ela continua com uma visão positiva da situação. Não sei se tenho pé na comédia, não tenho essa pretensão, faço com o coração.”

SAMBA NO PÉ

Rainha de Bateria da escola de samba paulistana “Rosas de Ouro” há 11 anos, Ellen se viu pela primeira vez com a dificuldade de conciliar o trabalho com os ensaios pré-Carnaval, mas como ela mesma gosta de frisar, “nada é tão difícil que eu não consiga contornar”. “Está um pouco difícil aliar a rotina das gravações aos ensaios, mas é muito gratificante poder fazer duas coisas de que gosto tanto”, diz ela que, às vésperas do Carnaval 2018, já está se preparando – mas nada radical, que fique claro.

“Moro de frente para a praia então costumo caminhar e correr de manhã… Também faço uma hora de musculação. Nesses dias antes que antecedem o desfile capricho mais, sei que tenho esse desafio pela frente: não preciso estar com o corpo bonito, a estética é o trunfo de um trabalho bem feito, baseado em uma alimentação saudável, afinal, preciso ter resistência para cruzar a avenida”, revela ela confessando que escapa da dieta e de toda rigidez dos treinos sempre que pode, especialmente nos finais de semana quando, segundo a própria, é o momento para ‘enfiar o pé na jaca’ sem culpa. (Por Matheus Evangelista)

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