Aos 43 anos, Tânia Khalill está no ar em “Fina Estampa”, novela que foi exibida entre 2011 e 2012. Longe das tramas desde “Joia Rara”, em 2013, a atriz e o marido, Jairzinho, decidiram se mudar para Nova York, nos Estados Unidos, onde Tânia tem se dedicado à pesquisas e cursos de cinema e atuação. Segundo ela, a ideia é justamente aperfeiçoar o seu trabalho, além de ser também uma experiência enriquecedora para as filhas, Laura e Isabella: “A vida em NY é um redescobrir todos os dias, fazendo mil funções que eu nunca fiz, reiniciando uma carreira no exterior. O meu trabalho tem sido muito bem visto”, revela.
Além da carreira como atriz, Tânia também é idealizadora, ao lado do marido, do projeto musical “Grandes Pequeninos”. À entrevista!
Tem algum projeto futuro que pode nos contar?
Meu projeto no futuro é continuar a minha pesquisa interna para me tornar melhor, fazer muito cinema e televisão aqui fora e no Brasil. E, principalmente, seguir com nosso projeto Grandes Pequeninos, que toca tantas famílias, tantas crianças e tem tanto propósito no seu alcance artístico, que é de iluminar, espalhar o amor através da música.
Como está lidando com esse período de isolamento social?
O isolamento social é desafiador, mas eu estou tendo muitos ganhos internos. A meditação está sendo cada dia mais potencializada, minha relação com minhas filhas também. Mas, claro, tenho momentos de altos e baixos. Mas todo dia eu acordo e me proponho a ter esperança.
Sente falta de atuar em novelas no Brasil?
Eu amo fazer novela, eu amo o Brasil! A minha última novela foi Joia Rara, depois que ela acabou eu fiz algumas séries e três peças seguidas. Além de ter focado no Grandes Pequeninos, projeto premiado e que foi apresentado pelo país inteiro durante dois anos, além dos Estados Unidos algumas vezes.
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Qual foi a importância de Fina Estampa em sua carreira?
Uma importância enorme. Acho que como atriz, principalmente, fazer um processo e um projeto longo como são as novelas, o amadurecimento emocional e profissional é gigante! Além do pessoal, porque é a trajetória de um ano da vida. Então, eu agradeço muito Fina Estampa pela oportunidade de trabalhar com pessoas que me deram a primeira chance como o Wolf Maya e o Aguinaldo Silva, além de ter o privilégio de contracenar com Arlete Salles. Ser filha dela na ficção é um privilégio para qualquer atriz. Também aprendi muito fazendo uma personagem que tinha uma filha adolescente. Agora, quase 10 anos depois, eu estou vivendo essa situação. A Letícia tinha várias questões afetivas a superar para poder encontrar o amor. Lembro que, na época, muitas pessoas me falavam sobre isso, pediam para eu abrir o coração e deixar a Letícia ser feliz. Eu acho que essa é uma mensagem que a gente sempre gostaria de passar para os outros, de uma segunda chance, de esperança, de que sempre existe a possibilidade de um mundo melhor, de um amor. Eu tenho muito carinho por essa personagem.
Você está acompanhando a novela? É muito autocrítica?
Eu estou acompanhando pelo Globoplay, pois estou morando nos EUA. E, sim, sou muito autocrítica, quando a gente vê um trabalho quase 10 anos depois, percebe o que poderia refazer. Mas eu tenho muito orgulho do que eu fiz naquele momento. Tem coisas que eu adoro, coisas que talvez eu refizesse, mas isso é coisa do ator ou de qualquer profissional que está em crescimento. E acho que a atuação, mais do que nunca, anda com o nosso amadurecimento como pessoa, que ajuda na compreensão das questões que o personagem está vivendo, no ponto de vista, na lente que a gente coloca para olhar a emoção e na realidade do personagem.
Como está a repercussão para você? Tem recebido muitas mensagens do público?
Eu recebo tanta mensagem nas redes sociais… Nas ruas, as pessoas me pedem para voltar a fazer novela, estão adorando a Letícia, esse amor que por parte dela é muito sincero e verdadeiro. Eu fico feliz de anos depois receber tanto carinho do público, talvez até mais agora do que na época. Ou mesmo porque agora é uma situação tão inusitada, e as pessoas gostam de reviver.
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O que lembra com mais carinho das gravações?
Tenho um carinho muito grande pelo núcleo que eu contracenava, Lilia Cabral, Dira Paes, Arlete Salles, Bianca Salgueiro, Carlos Casagrande. A minha filha Laura era bebê quando eu comecei a gravar, eu amamentava ainda. Quando aceitei o projeto eu ainda estava grávida, o que mostra o tamanho da paixão que eu tenho pelo o que eu faço. Eu morava em São Paulo e com a novela eu mudei com toda minha família para o Rio.
Gostaria de rever alguma cena da trama?
Todas as pessoas me pedem muito a cena do casamento, porque eu acho que era algo que parecia que nunca ia chegar. A Letícia fica muito sentida com a chegada da ex-mulher do Juan Guilherme.
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