Com perto de 72 milhões de reproduções no Spotify, “Envolver” – o novo hit de Anitta, que colocou a popstar brasileira no topo dos mais ouvidos do streaming sueco – já rendeu para ela algo entre US$ 240 mil (R$ 1,14 milhão) e US$ 315 mil (R$ 1,5 milhão). Isso com base nos valores de US$ 0.00331 (R$ 0,016) e US$ 0.00437 (R$ 0,02) que o próprio Spotify revelou, em 2019, pagar aos artistas que lançam singles em sua plataforma, cifras consideradas pequenas demais por muitos deles.
Muitos dele, aliás, já até romperam laços com o Spotify em razão disso. Outros, como Adele, fizeram exigências para manter suas parcerias com o serviço. No caso da intérprete de “Hello”, a condição imposta foi desligar o modo “shuffle”, que toca as músicas fora da ordem imaginada por seus autores, e que foi prontamente atendida.
E o Spotify já entrou o ano com outra polêmica, em razão de o apresentador Joe Rogan, de um de seus podcasts mais ouvidos, ter entrevistado Gavin McInnes, fundador do grupo de extrema-direta americano Proud Boys. A recusa do Spotify em tirar o episódio do ar levou Neil Young e mais uma penca de outros cantores a cortarem relações definitivamente com o aplicativo.
Para Anitta, no entanto, o que conta é ter chegado ao número 1 do ranking Global Top do Spotify, apesar de muito da subida dela até lá ter tido um empurrãozinho do TikTok, onde a música viralizou em um challenge (desafio) de imitar a dança da cantora no clipe. Muitos brasileiros também fizeram campanhas nas redes sociais para ajudá-la a conquistar o feito nos últimos dias – que não é pouca coisa. Nesse caso, o maior ganho de um artista é emplacar seu nome no primeiro lugar da lista. E o dinheiro é o que menos interessa nesse momento.