Em mais uma explosão de autoestima no Twitter, Kanye West anunciou no microblog recentemente que sua marca de sneakers lançada em 2015 numa parceria com a alemã Adidas, a Yeezy, vai preencher 160 vagas de trabalho até o fim de 2018 e deverá terminar o ano com um valor de mercado na casa do US$ 1 bilhão (R$ 3,48 bilhões). “É uma [empresa] ‘unicorn’ que já está no caminho para se tornar uma ‘decacorn'”, ele postou. “Eu sou a pessoa que mais ganha dinheiro com sapatos esportivos no mundo, mais até do que Michael Jordan.”
Pra quem não sabe, chamam-se de “unicorn” as empresas que atingem uma capitalização de dez dígitos em pouco tempo, sendo que aquelas que passam dos US$ 10 bilhões (R$ 34,8 bilhões) são chamadas de “decacorn”. O marido de Kim Kardashian só esqueceu de dizer que por ser sub-marca de uma empresa de capital aberto (as ações da Adidas são negociadas na bolsa de Frankfurt), a Yeezy não pode ser considerada como um negócio à parte.
E isso sem falar que ele não é dono da marca, para a qual apenas assina colaborações, e nos problemas de cunho criativo desde aquele desfile-desastre em Nova York que o levaram a um retiro espiritual. A propósito, Jordan levou pra casa US$ 110 milhões (R$ 382,5 milhões) no ano passado em royalties da Air Jordan, a marca de tênis que criou em 1984 com a Nike e que hoje fatura mais de US$ 3,1 bilhões (R$ 10,8 bilhões) por ano e transformou o ex-astro da NBA em bilionário. (Por Anderson Antunes)