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“Se eu soubesse que era tão bom fazer 70 anos, teria feito antes. É só festa, gente me paparicando, comemorações”, assim Nelson Motta começou nossa conversa, nessa quarta-feira na Livraria da Travessa de Ipanema, no Rio, onde comandava um lançamento duplo: do CD “Nelson 70”, uma coletânea das músicas assinadas por ele, interpretadas por vários artistas, e do livro “As Sete Vidas de Nelson Motta”, com suas memórias profissionais e histórias dos amigos que fez. “Esse livro e esse CD são minha olhada para trás, meu balanço, o que não gosto muito de fazer. Tenho horror de nostalgia. É a coisa que mais envelhece.”

* Perguntamos se ele tinha mudado muito ao longo das décadas. “Muito. Em algumas áreas, pra pior. No plano moral e intelectual melhorei bastante. No físico, nem tanto.” E como foi a escolha dos cantores para interpretar suas canções no álbum? “Cabeça e coração. Pensei em quem eram as pessoas mais adequadas para fazer uma nova versão e também em quem são as mais queridas.”

* Nelson comentou ainda programas como o “The Voice” e uma declaração que deu, dizendo que é impossível reproduzir hoje o que eram os festivais de antigamente. “Não daquele jeito que era. Já foi. O momento já passou. Hoje o YouTube é um festival permanente. As pessoas escolhem por ali. Quantos gêneros musicais existem hoje? Não dá pra comparar com um bom jazz, um bom blues, uma boa MPB. São estilos muito diferentes.” Sabe o que ele pediria de presente pra Deus? “Tim Maia de volta.” Na fase mais calminho? “Ah, ele era mais engraçado do que bravo.”

* Em tempo: todo mundo ficou esperando Maitê Proença, que estaria namorando o escritor, até o final do evento. Mas a atriz, que havia confirmado presença, não apareceu. Que pena! (por Michelle Licory)

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