Sidney Magal , Walter Casagrande, Aldo. Com tantos filmes biográficos na carreira, José Loreto se tornou um expert em viver personagens reais. O ator, de 36 anos, no momento tem dirigido todas as suas atenções ao longa “Meu Sangue Ferve Por Você”, que conta a história de Magal. Em entrevista ao Glamurama, ele contou como tem sido o desafio, que envolve muita música e dança. “É a maior pesquisa que já fiz para um personagem. Tenho estudado muito material em vídeos, além das aulas de dança e canto específicas para dar vida a esse grande artista”, conta. Outro grande sonho prestes a ser realizado é interpretar Walter Casagrande Jr., de quem Loreto é fã declarado. “Casão sempre foi um ídolo para mim”, confessa ele, que deve engatar uma produção na outra.
Além dos projetos profissionais, o ator tem curtido acompanhar de perto o crescimento da filha Bella, de dois aninhos, fruto de seu relacionamento com Débora Nascimento. “O nosso amor só floresce, seja nas risadas ou nas pequenas coisas do dia a dia”. A seguir, confira o papo completo com José Loreto!
Glamurama: Você tem atuado em vários filmes biográficos. Qual o maior desafio neste tipo de trabalho?
José Loreto: Acho que o maior desafio está no fato de serem personagens reais e com personalidades já definidas. Nesse sentido, isso te limita em relação a uma construção mais autoral, só sua. A responsabilidade maior está na construção da essência desses personagens.
G: O que você prefere fazer: produções biográficas ou de ficção?
JL: Prefiro o que mais me desafia. E isso acontece em ambos os casos. Acho que, na ficção, você fica mais livre para criar as personagens, suas nuances, trejeitos, motivações, etc. Já em uma história baseada em fatos reais, você tem que criar em cima de algo que já existe. Tem um limite, mas também não te impossibilita de dar um toque pessoal, só seu. Enquanto artista, faço as personagens sempre de maneira única, independente de ser real ou não.
G: Como tem sido a preparação para interpretar Sidney Magal no filme “Meu Sangue Ferve Por Você”?
JL: Tem sido a maior pesquisa que já fiz para um personagem. Tenho estudado muito material em vídeos, além das aulas de dança e canto específicas para dar vida a esse grande artista. Estou nisso há mais de um ano e, a cada dia, me sinto mais preparado.
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G: Você já era fã dele?
JL: Sempre fui fã e fiquei ainda mais quando o conheci pessoalmente. Lembro do Magal desde pequeno, dos programas de auditório, e sempre fiquei encantado com o jeito único dele. Estou me preparando para fazer as pessoas ficarem com vontade de dançar e cantar comigo!
G: Você também será Walter Casagrande no cinema, uma pessoa com muitos altos e baixos na vida e opiniões fortes. O que mais admira nele?
JL: Admiro tudo no Casão. Um jogador incrível, com alma de artista, e com um posicionamento politico e social forte, desde que era muito jovem. Admiro a sua coragem de expor suas questões como exemplo para tantos que passam ou passaram pelo que ele passou. Casão sempre foi um ídolo para mim. Interpretá-lo faz parte de um sonho.
G: Você está se preparando para o Sidney e o Walter ao mesmo tempo. É difícil conciliar as pesquisas de pessoas tão diferentes?
JL: Já foi mais difícil, mas não estou mais tendo esse problema porque as agendas mudaram por completo. No momento, estou só com a preparação do Magal e esperando o melhor momento para filmarmos (que será em breve). O filme do Casão ainda está em elaboração de roteiro. Vai dar tudo certo. Vou ter tempo para fazer um e depois para me preparar para o outro.
G: Como você analisa essa fase da sua carreira, mais focada no cinema? O que essa arte tem de especial?
JL: Foi o cinema que despertou a minha vontade de atuar. Estar focado no cinema, nesse momento da minha carreira, é uma realização gigantesca, ainda mais com os personagens que têm me escolhido. Sim, acredito que é o personagem que escolhe o ator. E o ator tem que estar sempre pronto.
G: Tem previsão de voltar à TV? E teatro?
JL: Sim, tenho planos para o teatro no ano que vem, mas o projeto ainda está muito no início. Na TV, recebi um convite, ainda não oficial, que estamos amadurecendo. Tudo tem o tempo certo para acontecer.
G: Como está sendo a sua quarentena e quais foram os maiores aprendizados nesse momento?
JL: Às vezes, parece que nos acostumamos com a quarentena, com as dificuldades e também com os aprendizados que vieram com ela. Nesse momento, tenho dado mais atenção para o que é realmente importante na minha vida: minha família, meus amigos, meu trabalho e, por último, mas não menos importante, eu.
G: O que mudou em você depois de ser pai?
JL: Mudou minha visão, meu objetivo de tudo. Passei a ter um outro coração que bate fora de mim. A Bella é a coisa mais especial que a vida me deu. Depois que ela nasceu, parece que o mundo ficou com “mais pressa” porque ela está crescendo e aprendendo tudo muito rápido. É uma mudança veloz e engrandecedora. É o amor mais inexplicável e mais palpável do mundo.
G: Como tem sido acompanhar o crescimento da Bella em meio à pandemia e isolamento social?
JL: É um privilégio poder ter tanto tempo com ela na nossa casa. Fazemos de tudo e estamos sempre muito colados. Nosso amor só floresce, seja nas risadas ou nas pequenas coisas do dia a dia.
G: O Brasil de hoje preocupa você como pai? Que país deseja para viver e para a sua filha?
JL: Me preocupa, mas também me alimenta. Quero fazer parte da mudança, do aprendizado. Como disse, desejo um país mais democrático e igualitário.
G: E o que você espera de 2021?
JL: Espero a cura, um novo normal. Quero continuar vendo de perto minha filha crescendo. Também quero crescer, ainda mais, como pai, como artista e como homem.
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