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CINCO EM UMA
A máxima “um é pouco, dois é bom, três é demais” é antiga e batida. Já até rendeu música e nome de filme. Mas no caso da “Caixa Saramago”, que a editora Companhia das Letras está lançando, definitivamente, ela não se aplica. Afinal, cinco livros do escritor português José Saramago (1922-2010) juntos numa única caixa é maravilhoso.
Os livros em questão são “A Caverna” (2000); “Ensaio Sobre a Lucidez” (2004); “História do Cerco de Lisboa” (1989); “A Jangada de Pedra” (1988) e “A Viagem do Elefante” (2008):
“A Caverna” – é uma história de gente simples: um oleiro, um guarda, duas mulheres e um cão muito humano. Esses personagens circulam pelo Centro, um gigantesco monumento do consumo onde os moradores usam crachá, são vigiados por câmeras de vídeo e não podem abrir as janelas de casa. Esta é a versão moderna do mito da caverna de Platão, que Saramago cria para fazer uma apresentação sutil da face cruel do mundo capitalista e tecnológico.
“Ensaio Sobre a Lucidez” – numa manhã de votação que parecia como todas as outras, na capital de um país imaginário, os funcionários de uma das seções eleitorais se deparam com uma situação incomum: uma opção radical pelo voto em branco, como uma forma de questionar profundamente o sistema de sucessão governamental vigente.
“História do Cerco de Lisboa” – por meio do episódio da tomada de Lisboa aos mouros no ano de 1147 e da crônica de um inesperado encontro amoroso na Lisboa contemporânea, Saramago explora neste livro as possibilidades do romance como meio de recriar o passado e o presente.
“A Jangada de Pedra” – os Pirineus racham, e a Península Ibérica se desgarra da Europa transformando na ilha Jangada de Pedra, que passa a navegar à deriva pelo oceano Atlântico. O autor se utiliza deste espetacular acidente geológico para contar e recontar a história dos povos ibéricos, pela memória de um narrador, múltiplo de si mesmo e dos personagens cujas andanças acompanha.
“A Viagem do Elefante” – “Por muito incongruente que possa parecer…”, assim começa este romance – ou conto, como Saramago preferia chamá-lo – sobre a insólita viagem de um elefante chamado Salomão, que no século XVI cruzou metade da Europa, de Lisboa a Viena, por extravagâncias de um rei e um arquiduque, numa viagem em que se encontram personagens reais de sangue azul, chefes de exército que quase chegam às vias de fato, padres que querem exorcizar Salomão ou lhe pedir um milagre. Depois de percorrer Portugal, Espanha e Itália, a caravana chega aos estreitos desfiladeiros dos Alpes, que Salomão enfrenta impávido.

Caixa Saramago

OS MAIS VENDIDOS NA VILA 24 a 31/12
Ficção   
1. “O Tempo Entre Costuras”, Maria Duenas (Planeta do Brasil)
2. “Solar”, Ian McEwan (Cia. das Letras)
3. “Se Eu Fechar os Olhos Agora”, Edney Silvestre (Record)
4. “Queda de Gigantes”, Ken Follett (Sextante/GMT)
5. “Fora de Mim”, Martha Medeiros (Objetiva)
6. “A Ilha Sob o Mar”, Isabel Allende (Bertrand Brasil)
7. “Meio Intelectual, Meio de Esquerda”, Antonio Prata (Editora 34)
8. “28 Contos de John Cheever”, Mario Sergio Conti (Cia. das Letras)
9. “O Capote e Outras Histórias”, Nikolai Gógol( Editora 34)
10.“As Cariocas”, Sérgio Porto (Nova Fronteira)
Não-ficção
1. “1822”, Laurentino Gomes (Nova Fronteira)
2. “Vaudeville – Memórias”, Ricardo Amaral (Leya)
3. “Vida – Autobiografia de Keith Richards”, Keith Richards (Globo)
4. “Só Garotos”, Patti Smith (Cia das Letras)
5. “Conversas que Tive Comigo”, Nelson Mandela (Rocco)
6. “Ágape”, Padre Marcelo M. Rossi (Globo)
7. “50 anos a Mil”, Lobão e Claudio Tognolli (Nova Fronteira)
8. “Ligeiramente Fora de Foco”, Robert Capa (Cosac Naify)
9. “Panelinha – Receitas que Funcionam”, Rita Lobo (Senac São Paulo)
10. “1808”, Laurentino Gomes (Planeta)

Por Anna Lee

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