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A BIOGRAFIA

Já recomendei aqui em “Na Estante” “Godard, la Biographie”, escrita pelo historiador e crítico de cinema Antoine de Baecque, mas nesta sexta-feira, 3, quando o cineasta francês Jean-Luc Godard completa 80 anos, estou me permitindo repetir a indicação, como uma homenagem a ele. E há motivos para isso, além, é claro, da minha enorme admiração por um dos líderes mais relevantes da Nouvelle Vague, movimento artístico do cinema francês nos anos 1960.

* Note que se trata de “La Biographie”, isto mesmo, a biografia, e não biografia ou uma biografia, pois a obra, em seu lançamento em abril deste ano, foi anunciada como a primeira biografia em francês do “impossible M Godard”. Há muitos livros sobre o cineasta, entre eles, duas biografias em inglês, não autorizadas: “Everything Is Cinema – The Working Life Of Jean-Luc Godard”, de Richard Brody (Metropolitan Books, 2008), e “A Portrait Of The Artist At Seventy”, de Colin MacCabe (Farrar, Straus anda Girpux, 2004). Mas, antes da obra de Baecque, não havia “la biographie” francesa. Aliás, a qual Godard teria apenas folheado, se aborrecido com algumas informações “falsas”, mas resolvido não desautorizá-la.

* Outro motivo: junto com a trajetória de Godard, Baecque conduz o leitor por um percurso pela história do cinema mundial. Afinal, Monsieur Godard atravessou o século 20, e a cada etapa desse itinerário, ele marcou seu lugar, exerceu uma influência. O fato é: não se pode falar da chamada “sétima arte” sem falar de Monsieur Godard.

* Quer mais um motivo? Voilà: Godard vive no mundo que ele filma e filma o mundo que ele vive. O impossível Godard é um homem do presente. Não importa em que época, ele poderá sempre ser considerado contemporâneo. No Brasil, a biografia por enquanto não está traduzida. Mas nesta sexta-feira estreia por aqui seu último filme: “Film Socialisme”.

Ao completar 80 anos, Godard ganha “la biographie” francesa

OS MAIS VENDIDOS NA VILA  19 a 26/11
Ficção   

1. “Leite Derramado”, Chico Buarque (Cia. das Letras)
2. “Queda de Gigantes”, Ken Follett (Sextante/GMT)
3. “Se Eu Fechar os Olhos Agora”, Edney Silvestre (Record)
4. “Um Erro Emocional”, Cristóvão Tezza (Record)
5. “Fogo Amigo – Um Dueto” A. B. Yehoshua (Cia. das Letras)
6. “Diário da Guerra do Porco”, Adolfo Bioy Casares (Cosac & Naify)
7. “Solar”, Ian McEwan (Cia. das Letras)
8. “A Ilha Sob o Mar”, Isabel Allende (Bertrand Brasil)
9. “O Mau Vidraceiro”, Nuno Ramos (Globo)
10. “Trem Noturno para Lisboa”, Pascoal Mercier (Record)
Não-ficção
1. “1822”, Laurentino Gomes (Nova Fronteira)
2. “Vida – Autobiografia de Keith Richards”, Keith Richards (Globo)
3. “O Tempo Entre Costuras”, Maria Duenas (Planeta do Brasil)
4. “Comprometida”, Elisabeth Gilbert (Objetiva)
5. “Mil Dias em Veneza”, Marlena de Blasi (Sextante)
6. “Conversas que Tive Comigo”, Nelson Mandela (Rocco)
7. “Ruth Cardoso – Fragmentos de uma Vida”, Ignácio de Loyola Brandão (Globo)
8. “O Olhar da Mente”, Oliver Sacks (Cia. das Letras)
9. “Contra um Mundo Melhor – Ensaios do Afeto”, Luiz Felipe Ponde (Leya Brasil)
10. “Vaudeville – Memórias”, Ricardo Amaral (Leya)

por Anna Lee

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