FRIDA
Quando a artista mexicana Frida Kahlo (1907-1954) morreu, todos os seus objetos ficaram trancados em um dos cômodos da mítica Casa Azul, e lá permaneceram por quase cinquenta anos.
A Casa Azul vem a ser a casa onde nasceu e morreu Frida, e onde também ela viveu com seu grande amor, o pintor Diego Rivera, em Coyoacán, que, naquela época, era um lindo vilarejo nos arredores da Cidade do México e, hoje, foi engolido pela expansão da metrópole.
O casal tinha o desejo de que a casa se tornasse um museu após sua morte, o que de fato aconteceu em 1958. No entanto Diego, que morreu depois de Frida, em 1957, pediu à sua mecenas, Dolores Olmedo, que viria a ser a diretora do museu, para esperar 15 anos antes de abrir um dos banheiros da casa. Ela fez mais do que isso. Manteve não só este cômodo, mas também outros espaços da Casa Azul fechados, que só foram abertos após sua morte.
Justamente parte desse acervo inédito – 400 fotos – foi reunido, agora, pela primeira vez numa publicação: o livro “Frida Kahlo – Suas Fotos”, que está sendo lançado simultaneamente no Brasil – onde terá tiragem única pela Cosac Naify –, México, França, Espanha, Alemanha, Estados Unidos, Canadá e outros países da América Latina. Sendo que a organização do volume é do fotógrafo, editor e curador mexicano Pablo Ortiz Monastério.
As imagens mostram uma série de autorretratos do pai de Frida, que era fotógrafo, ela quando menina, seu estúdio, o encontro com Rivera, seu círculo cosmopolita de amigos e a intimidade com personagens notáveis como Breton, Duchamp, Trótski, Henry Ford, Dolores del Río e alguns brasileiros como Adalgisa Nery. Além disso, a influência da fotografia em sua obra, suas referências políticas e estéticas, o sofrimento do corpo, as inúmeras cirurgias e, sobretudo, a construção de sua impactante figura pública são analisadas em ensaios encomendados a pesquisadores de diferentes áreas – Masayo Nonaka, Gaby Franger e Rainer Huhle, Laura González Flores, Mauricio Ortiz, James Oles, Horacio Fernández e Gerardo Estrada.
OS MAIS VENDIDOS NA VILA 18 a 25/06
Ficção
1. “A Elegância do Ouriço”, Muriel Barbery (Cia. das Letras)
2. “2666”, Roberto Bolaño (Cia. das Letras)
3. “A Humilhação”, Philip Roth (Cia. das Letras)
4. “Juliet, Nua e Crua”, Nick Hornby (Rocco)
5. “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, José Saramago (Cia. das Letras)
6. “Ressurreição”, Liev Tolstói (Cosac Naify)
7. “Caim”, José Saramago (Cia. das Letras)
8. “Invisível”, Paul Auster (Cia. das Letras)
9. “Alguma Poesia – O Livro do seu Tempo” Carlos Drummond de Andrade, org. Eucanaã Ferraz (IMS)
10. “O Ano da Morte de Ricardo Reis”, José Saramago (Cia. das Letras)
Não-ficção
1. “Mil Dias em Veneza”, Marlena de Blasi (Sextante)
2. “Comer, Rezar, Amar”, Elisabeth Gilbert (Objetiva)
3. “Um Certo Verão na Sicília”, Marlena de Blasi (Objetiva)
4. “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, Leonardo Narloch (Leya)
5. “A Essência do Estilo”, Joan Dejean (Civilização Brasileira)
6. “Saramago”, João Marques Lopes (Leya)
7. “Caixas de Receitas – Saladas” (H F Ullmann)
8. “Cozinha Natural Gourmet”, Tatiana Cardoso (DBA)
9. “Eu, Aos Pedaços”, Carlos Heitor Cony (Leya)
10. “Bordados”, Marjane Satrapi (Cia. das Letras)
Por Anna Lee
- Neste artigo:
- Livraria da Vila,