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Ruth Madoff
Ruth Madoff || Créditos: Reprodução
Ruth Madoff
Ruth Madoff || Créditos: Reprodução

A morte de Bernard Madoff na última quarta-feira, aos 82 anos e na cadeia, serviu para que os holofotes se voltassem novamente na direção de Ruth Madoff, a viúva do responsável por orquestrar o maior esquema de pirâmide financeira de que já se teve notícia até hoje. E, nesse caso, o que todo mundo voltou a se perguntar é o quanto ela sabia dos crimes de seu falecido marido, que resultaram em prejuízos de quase US$ 65 bilhões (R$ 365,3 bilhões). Muita gente acredita ser simplesmente impossível que Ruth nunca tivesse percebido qualquer coisa de errado nos negócios do financista, inclusive porque os dois foram como unha e carne durante as décadas em que viveram seu conto de fadas (o que acabou em 2008, quase cinquenta anos depois de sua subida ao altar, quando Madoff foi desmascarado, preso e condenado a 150 anos atrás das grades em pouco mais de um ano).

Jornalista dos mais bem informados e autor de um novo livro sobre o escândalo que chocou o mundo há 13 anos, Jim Campbell acredita na inocência de Ruth, simplesmente porque a vê como alguém que “idolatrou” o ex-rei de Wall Street e jamais seria capaz de enxergar suas falhas. “A fascinação dela por Madoff era quase que religiosa”, Campbell escreveu em “Madoff Talks: Uncovering the Untold Story Behind the Most Notorious Ponzi Scheme in History” (“Conversas Sobre Madoff: Desvendando as Histórias Jamais Contadas Sobre o Mais Notório Esquema Ponzi da História”, em tradução livre), que chega às livrarias do hemisfério norte no próximo dia 27.

O livro chegou a bater recordes de pré-venda depois da notícia de que Madoff sucumbiu às complicações de uma doença renal que enfrentava há tempos. E Ruth, claro, ocupa várias de suas páginas. Vivendo de forma reclusa desde 2012 na pequena Old Greenwich, uma cidade com menos de 7 mil habitantes que fica no estado americano de Connecticut, e em um pequeno apartamento de apenas um quarto, a ex-socialite de 79 anos ainda precisa dar conta para as autoridades sobre quaisquer compras acima de US$ 100 (R$ 562) que fizer. E apesar de jamais ter visitado Madoff na prisão, ela também nunca quis se divorciar dele, algo que sempre pareceu suspeito para muitos. (Por Anderson Antunes)

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