A maioria da população dos Estados Unidos continua cumprindo quarentena. Só mesmo nos Hamptons, balneário localizado no litoral do estado de Nova York e frequentado por milionários vindos principalmente da Big Apple, que as coisas continuam acontecendo mais ou menos como se o mundo não estivesse enfrentando uma doença ameaçadora que se espalha com facilidade e que continua sem previsão de ter cura ou vacina antes de 2022, de acordo com estimativas.
Ao contrário do que acontece no Reino Unido, país cujos ricos sofrem com a escassez de empregados domésticos causada pela pandemia da Covid-19, no badalado destino de verão americano os serviços desses profissionais continuam sendo prestados. Há até casos em que a demanda causou aumentos de salários, como os professores de tênis que agora cobram até US$ 100 (R$ 568,90) por hora para dar aulas aos filhos daqueles que têm casas lá.
O curioso é que, quanto mais rica a vizinhança dos Hamptons, maior é o número de gente pelas ruas. E os que ficam em casa tratam de contribuir para a economia fazendo pedidos em restaurantes badalados para comer do bom e do melhor em casa. O Piedmont, restô muito bem frequentado no hotspot, chega a cobrar US$ 500 (R$ 2.84,50) para entregar um “combo de luxo” composto por lasanha e vinho escolhido por enólogo gabaritado.
Mas nem todos os “hamptonians” estão dando de ombro para o novo coronavírus, tanto que muitos deles aproveitam os serviços gourmetizados que só existem nos Hamptons para se proteger ao máximo do mal do momento. Como? É que para essa turma, ligar para uma farmácia e pedir testes que detecem o Covid-19 não é algo irreal como no resto do mundo: um de qualidade pode ser comprado por US$ 1 mil (R$ 5.689,00), incluída aí a taxa de entrega. (Por Anderson Antunes)