Longe das novelas desde ‘Deus Salve o Rei’ (2018) chegou a hora de Monique Alfradique entrar em ‘A Dona do Pedaço’ para decidir o rumo de muitos personagens da trama. Além de ajudar a desmascarar Josiane, a policial Yohana vai fazer com que Téo (Rainer Cadete) enxergue a verdade sobre a vilã, por quem é apaixonado. Mas pegar o bonde andando em uma trama de sucesso como a de Walcyr Carrasco não é tarefa fácil. “Eu tive pouco tempo para me preparar, então fui atrás de séries policiais com protagonistas femininas. A “The Fall” foi a que mais me inspirou”, revela.
Aos 33 anos, Monique acaba de estrear também seu primeiro monólogo no teatro, intitulado ‘Como Ter Uma Vida Quase Normal’, adaptação do livro ‘Como Ter Uma Vida Normal Sendo Louca’, de Camila Fremder e Jana Rosa. Além de atuar, a carioca encarou o desafio de ser produtora executiva. “Cuidei de perto de cada detalhe e tive a ajuda de uma equipe incrível. Todo mundo fez com muito amor a arte acontecer e acreditando nessa história que vou contar ao público”, conta. A seguir, confira o nosso bate-papo na íntegra:
Glamurama: Você vai estrear em ‘A Dona do Pedaço’ bem na reta final da trama. Como se preparou para a personagem?
Monique Alfradique: Sim, e estou bem animada com a Yohana. Tive pouco tempo para me preparar, então fui atrás de séries policiais com protagonistas femininas. A “The Fall” foi a que mais me inspirou. Também bati um papo com um amigo policial e fui até a delegacia em que ele trabalha pra poder me aproximar desse universo. Mas eu também já assistia a novela, então ajudou bastante quando soube que iria entrar.
G: Você vai ajudar a desmascarar Josiane. Está ansiosa para que isso aconteça?
MA: Eu acho que todos estão (risos). Yohana é destemida, estrategista, justiceira e está bem focada em ir atrás das pistas e tentar desvendar todos os crimes cometidos na novela. Vai ser incrível!
G: Além da novela, você estreou seu primeiro monólogo, ‘Como Ter Uma Vida Quase Normal’. Pode nos contar um pouco sobre a peça?
MA: Foi um processo muito intenso e diferente do que já vivi com outros espetáculos, porque participei da idealização e também estou como produtora executiva. Cuidei de cada detalhe e tive a ajuda de uma equipe incrível (Rafael Primot, que adaptou o livro e fez a direção; Daniel Maia na trilha; Carol Bertier como cenógrafa; Karen Brustolin no figurino, e Aline Santini na iluminação; além do meu preparador vocal e corporal Rodrigo Frampton, e Haroldo Miklos na assistência de direção). Todo mundo fez com muito amor a arte acontecer acreditando nessa história que vou contar ao público.
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G: O monólogo é uma adaptação do livro ‘Como ter uma vida normal sendo louca’. Para quem já leu a obra e é fã, quais são as semelhanças e diferenças com a peça?
MA: O livro é de dicas e foi relançado pelas autoras Camila Fremder e Jana Rosa. São situações cotidianas hilárias. Na adaptação, o Rafael Primot fez uma narrativa dramática inserindo conflitos dessa personagem e suas relações amorosas. Também inseriu, de certa forma, essa pressão da sociedade sobre a mulher moderna. Ajudei na redação final pra ter mais o “meu humor”. E um detalhe curioso é que todas as histórias são reais (muitas, inclusive, aconteceram comigo). E a reação do público tem sido a melhor possível, tenho recebido um retorno muito positivo, muitas mensagens queridas e de agradecimento por proporcionar momentos de muita risada e diversão.
G: Qual é o maior desafio de fazer um monólogo?
MA: Este projeto foi desafiador desde o início. Colocar um projeto “em pé” sem leis de incentivo e contando apenas com possíveis apoiadores e amantes da arte não é fácil. Agora falando em atuação, é preciso um folêgo maior porque o espetáculo pede uma energia e disposição corporal e vocal intensos. Nos dias de espetáculo tenho uma alimentação especial, chego pelo menos 1h30 antes pra aquecer com meu coach Rodrigo Frampton e tem dado super certo.
G: A peça fica em cartaz até dezembro, e você tem três estreias no cinema que vão rolar ainda este semestre. Como conciliou tanto trabalho?
MA: Eu amo meu trabalho. Isso faz com que eu lide com essa intensidade de forma consciente e organizada. Alguns longas eu já tinha rodado há um tempo, então não cheguei a acumular tudo. Estar ao mesmo tempo no teatro, na TV e nos cinemas é uma realização, até porque amo essa versatilidade que a profissão propõe.
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G: As personagens da peça são bem diferentes entre si: A Nina é dançarina e prostituta, a Fernanda é uma personagem de comédia e a Lara é uma romântica. Qual foi mais difícil de fazer?
MA: De alguma maneira, todas apresentaram seu grau de dificuldade, todo trabalho que se inicia é sempre o mais complexo de fazer. E todas são incríveis.
G: Para interpretar a Nina, você precisou aprender ‘pole dance’. Como foi?
MA: Foi difícil. Precisa de muita força nos braços e abdômen e, ao mesmo tempo, a dança pede uma leveza e certa sensualidade, conciliar tudo isso não é fácil.
G: Você começou na carreira bem nova. Hoje, aos 33 anos, qual foi a maior lição que você aprendeu na profissão?
MA: Uma vez Fernanda Torres disse “a profissão do ator é um eterno recomeçar”. E é isso. A instabilidade dessa profissão é constante. Mas é necessário nutrir suas ambições artísticas.
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