Presença assídua na semana de moda carioca, o fotógrafo, ilustrador e diretor de arte Michael Roberts, bateu um papo exclusivo com o Glamurama. Em pauta? Novos projetos, modelos, mercado editorial e a polêmica das duas semanas de moda brasileira. Confira!
* Você já é autor de quatro livros, você pretende escrever mais um?
"Sim, no momento estou trabalhando no meu primeiro romance que vai se chamar ‘The Cave of Hercules’. A história será ambientada principalmente em Londres, na década de 1980, mas também terá passagens no Marrocos e no Brasil. Um dos personagens vai vir para o Rio, ficar hospedado no Copacabana Palace, depois vai viajar para a Bahia e conhecer a Igreja do Nosso Senhor do Bonfim, em Salvador".
* Vai escrever sobre histórias vividas por você?
"Pode-se dizer que algumas partes que vão estar lá foram coisas que ouvi e vivi. Vai ter muito romance e histórias de amor, mas não é uma biografia. Se tudo der certo, quero ver se consigo terminar e lançar antes do Natal deste ano".
* Um dos assuntos mais comentados nestes dias tem sido sobre a real necessidade de semanas de moda no Rio de Janeiro e em São Paulo. Qual é a sua opinião sobre isso?
" França, Inglaterra, Itália, Estados Unidos… Todos estes países elegeram apenas uma capital para sediar as semanas de moda deles. Por que no Brasil tem que ser diferente? Não há necessidade. Mas ouvi falar que estão pensando em transformar o Fashion Rio em uma semana focada em moda praia e a SPFW para uma moda mais estruturada. Isso faz mais sentido".
* Sobre as modelos que tem visto nas passarelas, percebeu alguma new face que promete?
"Acho que as meninas estão muito pálidas. Parecem russas ou europeias… Não vi nenhuma que me chamou a atenção. Por que elas são tão branquinhas? Gosto de modelos com personalidade, que são fora do comum… Mas, com certeza, as mais bonitas são daqui, mulheres e homens".
* E as revistas do Brasil, Michael? Você lê alguma?
"Colaboro para algumas, mas ainda não são tão boas quanto as de fora. Tenho a impressão que algumas ainda são muito amadoras".
* Você sempre bateu na tecla que a moda brasileira precisa ser mais autêntica, que existe muita cópia. Essa opinião ainda existe?
"Isso mudou! Agora acho que as marcas brasileiras copiam a si mesmas! A Isabela Capeto foi um marco. Depois que ela começou a ter visibilidade, todo mundo quis ser um pouco Isabela. Gostei bastante do desfile do Walter Rodrigues, ele inovou. Mas neste edição em especial, muita coisa me lembra a italiana Marni".
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