Acusado de cometer vários crimes sexuais contra menores de idade e preso desde o começo de julho, o multimilionário americano Jeffrey Epstein foi encontrado morto na manhã desse sábado na cela de uma penitenciária federal nos arredores de Nova York onde aguardava julgamento, que estava previsto para junho do ano que vem. A suspeita é de suicídio, sobretudo porque há cerca de duas semanas ele já tinha sido internado com marcas no pescoço depois de ter tentado tirar a própria vida.
Ex-bilionário, Epstein era alvo de acusações de abuso sexual desde 2008, mesma época em que fechou um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos a fim de se livrar de uma pena que então poderia chegar à prisão perpétua. Mas o caso foi reaberto recentemente depois que o FBI recebeu denúncias de pelo menos 30 vítimas dele que teriam provas suficientes para colocá-lo atrás das grades de uma vez por todas, dessa vez por pelo menos 45 anos.
Com casas espalhadas pelos EUA e Europa, Epstein, que fez fortuna em Wall Street e morreu com 66 anos, foi bff de Bill Clinton e Donald Trump e também manteve por muito tempo uma amizade com o príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth II. Essa proximidade com o “royal” chegou a ser motivo de temor para muitos membros da realeza britânica, que temiam ver revelações sobre a relação dos dois vindo à tona caso o financista fechasse um novo acordo com as autoridades americanas. (Por Anderson Antunes)