A Casa Branca nos anos de Michelle Obama era um lugar pensado nos mínimos detalhes para ser o mais politicamente correto possível. Moradora do número 1600 da Pennsylvania Avenue de Washington entre 20 de janeiro de 2009 e 20 de janeiro de 2017, período em que seu marido, Barack Obama, foi presidente dos Estados Unidos, a ex-primeira-dama do país revelou no documentário inspirado em sua autobiografia que a Netflix lançou nessa quarta-feira que mandou mudar até mesmo o uniforme dos mordomos que davam expediente na residência oficial, a fim de não passar uma imagem errada para suas filhas, Malia e Sasha Obama, que na época ainda eram bem pequenas.
“Não queria ver minhas meninas sendo servidas por homens negros vestindo smokings”, Michelle diz em um momento da atração intitulada “Becoming”, o mesmo nome do livro de memórias que ela lançou no fim de 2018 (e que no Brasil recebeu o título de “Minha História”). A advogada e escritora contou em seguida que em sua primeira visita à Casa Branca, quando foi convidada pela então primeira-dama Barbara Bush (mulher de George W. Bush, antecessor de Obama), para tomar chá lá, notou a presença dos homens uniformizados e se incomodou com o vestuário deles.
“Todos os mordomos usavam smokings impecáveis e completos. Muitos eram negros ou latinos, e a maioria era de homens mais velhos”, Michelle explicou. “Foi então que pensei, ‘Como posso transformar essa mansão com tantos empregados em um lar aconchegante para duas pequenas garotas? Para mim, muitos daqueles homens eram como se fossem meus tios, e achei necessário mudar seu dress code'”, relembrou a Sra. Obama, que instituiu um look mais simples tipo “calça e camisa” para a turma. O doc recém-lançado pela Netflix é apenas o primeiro programa de uma leva que os Obamas deverão lançar com a gigante do streaming, com a qual assinaram um contrato multimilionário há dois anos. (Por Anderson Antunes)
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Dá um play no vídeo aí embaixo pra assistir o trailer de “Becoming” [ÁUDIO EM INGLÊS]: