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O cãozinho de Munch: coisa de jardim de infância || Créditos: Reprodução
O cãozinho de Munch: coisa de jardim de infância || Créditos: Reprodução

Quando se fala em nomes como Michelangelo, Rembrandt e Manet, a primeira coisa que vem à cabeça são as obras de arte icônicas que eles assinaram centenas de anos atrás e que hoje em dia estão entre as mais famosas do mundo. Mas até mesmo artistas dessa magnitude já pisaram na bola por causa do “excesso de criatividade”, produzindo telas ou esculturas de traços estranhos e formas mais sem pé nem cabeça ainda – sem trocadilho!

Glamurama separou 6 desses trabalhos de qualidade duvidosa que entraram para a história pelo exato oposto daquilo que consagrou seus autores, só pra provar que até mesmo os gênios pisam na bola de vez em quando. Continua lendo… (Por Anderson Antunes)

Créditos: Reprodução

“Noite”, de Michelangelo, datada de 1520-32

Feita com o objetivo único de adornar o túmulo do nobre italiano Giuliano de’ Medici, a escultura de mármore que mostra uma mulher nua virou motivo de piada. É que Michelangelo nunca foi bom em reproduzir seios, e o da modelo que posou para a peça tinha um busto tão disforme que chegou a ser tema de uma análise feita em 2000 pelo oncologista americano James J. Stark. Para o profissional, ou o artista eternizado sobretudo pelos afrescos que criou para o telhado da Capela Sistina realmente não entendia dessa parte específica do corpo feminino, ou a musa inspiradora dele tinha câncer em estágio avançado.

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“Operação de Pedra (Uma Alegoria ao Toque”, de Rembrandt, datada de 1624-25

O óleo sobre tela grotesco mostra o que aparenta ser um procedimento cirúrgico que envolve, além do sofrido paciente e do médico, uma senhorinha pra lá de sinistra segurando uma vela. O quadro faz parte de uma série que o artista produziu quando tinha apenas 18 anos, intitulada “A Série dos Cinco Sentidos”. A ideia dele era transformar os sentidos do corpo humano em arte, e no caso da obra em questão a inspiração foi a frase arcaica “extrair uma pedra da cabeça”, usada no século 16 para definir as pessoas que precisavam ser curadas da própria estupidez. Magnifíca no sentido técnico, mas difícil de ser apreciada tal como “O Retorno do Filho Pródigo”, de 1668, ou outros trabalhos famosos do craque holandês.

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“Tio Paquete”, de Francisco de Goya, datado de 1819-20

Considerado como o maior expoente do período Romântico da Espanha, de Goya merece o título. Mas esse quadro no qual ele retrata um homem cego que vivia nas ruas perto de um antigo convento de Madri, e que era famoso no local, não é exatamente uma obra-prima e lembra mais o trabalho de Cecilia Giménez, a espanhola que tentou restaurar uma pintura antiga em 2012 e acabou virando meme internacional por causa do resultado que obteve. De Goya, no entanto, explicou a vida inteira que sua peça pobre de cores e de certa forma até macabra foi pensada para ser exatamente assim. Quase uma licença artística, portanto.

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“Pescaria”, de Édouard Manet, datado de 1862-63

Um cenário meio sem sentido que inclui pescadores, um arco-íris visto de longe e até a noiva de Manet, Suzanne Leenhoff, é apresentado nessa obra totalmente desproporcional e pouco elogiada do artista modernista francês. Apesar de ter sido muito bem pintada, foi considerada “fraca” na época em que foi revelada, sobretudo porque mistura vários elementos sem dizer muita coisa a respeito de cada um ou do conjunto que representam.

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“Comedores de Batatas”, de Vincent van Gogh, datado de 1885

Tá certo que esse é o primeiro grande quadro do artista holandês, mas está longe de ser expressivo como os outros que o transformaram e ícone. A cena retratada nele é doméstica, com várias pessoas sentadas em uma mesa e comendo batatas. Mais mundano e desinteressante, impossível. O especialista em pós-impressionismo certamente produziu muitas coisas mais impressionantes em seus últimos anos de vida.

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“Cachorro Bravo”, de Edvard Munch, datado de 1938-43

Para um artista que ficou conhecido pela particularidade que sempre adotou na hora de capturar o lado mais profundo da natureza humana, essa tela de aparência até infantil pega muitos dos fãs dele de surpresa. Mas tem uma história ao menos interessante, já que foi pensada como uma “vingança” do holandês para o cãozinho de um vizinho dele chamado Rolle. Mal cuidado por um dono anterior, o peludo vivia correndo atrás de Munch, que sempre o retratou de forma desfocada, como uma criatura imprópria e desagradável.

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