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maternidade
Foto: Reprodução/Pexels

Tornar-se mãe é uma experiência transformadora que redefine muitos conceitos desde do amor, da responsabilidade e até mesmo da própria identidade. Esse amor, diferente de qualquer outro, floresce de forma imediata e avassaladora, muitas vezes fazendo com que redescubramos não apenas o mundo ao nosso redor, mas também a nós mesmos. O amor materno é um sentimento tão profundo e complexo; ele se manifesta não apenas em palavras ou gestos, mas em uma entrega completa, muitas vezes instintiva, ao bem-estar de outra pessoa.

Os filhos nos fazem ver a vida através de uma lente totalmente nova. Prioridades mudam, rotinas são ajustadas e valores são reavaliados. Tarefas e conquistas que antes pareciam ser inadiáveis agora ao serem comparadas ao ato de criar e nutrir uma vida, sua importância não tem mais tanto peso. Carreira, ambições pessoais, e até mesmo o conceito de tempo livre, são ponderados contra a necessidade de estar presente para alguém que depende inteiramente de você.

E com essa transformação vem um amadurecimento, muitas vezes “forçado”. A necessidade de ser responsável por outra vida acelera o processo de crescimento pessoal. A paciência é testada, a tolerância é expandida, e a empatia é profundamente enraizada. Aprendemos a agir não apenas por nós mesmos, mas também com consideração pelo impacto de nossas ações sobre nossos filhos. As noites mal dormidas, os sacrifícios pessoais e até mesmo os momentos de dúvida e incerteza são compensados pelo simples sorriso de um filho, pelo seu primeiro “mamãe” ou por aquele abraço apertado quando mais precisamos.

Além disso, descobrimos em nós mesmas uma força e uma resiliência que talvez nunca soubéssemos que possuíamos. Nos tornamos melhores em lidar com adversidades, não apenas porque queremos, mas porque há pequenos olhos nos observando, aprendendo conosco sobre como enfrentar o mundo. Agora não é só sobre nós, é também sobre eles e temos que ser o exemplo.

A maternidade também nos conecta de forma mais profunda com outras pessoas. Passamos a fazer parte de uma comunidade de mães, um grupo com experiências e preocupações semelhantes, e isso muitas vezes resulta em amizades duradouras e uma rede de apoio maravilhosa. Também nos tornamos mais empáticos com as gerações de mães que vieram antes de nós, entendendo de uma maneira mais visceral os sacrifícios e desafios que elas enfrentaram.

Então, sim, tornar-se mãe pode ser uma jornada de autoconhecimento, amor incondicional e crescimento pessoal. É uma experiência que pode ser emocionalmente complicada e fisicamente esgotante, mas que, ao mesmo tempo, revela a melhor parte de nós. Através dos altos e baixos, descobrimos uma versão de nós mesmos que é mais completa, mais amorosa e, de muitas maneiras, mais plenamente humana.

Mas cada filho é um filho, e nós somos uma mãe pra cada um deles, o filho mais velho sempre se sentirá injustiçado perante o caçula, vai falar que na época dele os Pais não deixavam fazer o que deixam hoje o caçula.

Mas isso tem uma explicação, não é mais amor, é mais amadurecimento, nós mães vamos crescendo junto com nossos filhos, o primeiro filho estamos mais inseguras como tudo o que fazemos pela primeira vez, e muitas vezes os poupamos de muitas coisas por medo e excesso de preocupação.

 

Teoria da ordem de nascimento

 

Foto: Reprodução/Pexels

Existe uma teoria chamada ”Teoria da ordem de nascimento” de Alfred Adler, ela sugere que a posição de um filho na família afeta sua personalidade e comportamento. No entanto, o que frequentemente é esquecido é que a própria mãe também evolui com o nascimento de cada filho. O primeiro encontra uma mãe navegando nas novidades da maternidade, enquanto o segundo se beneficia da experiência e confiança que ela ganhou. Se houver um terceiro filho, ele será criado por uma mãe ainda mais segura e ciente de suas habilidades parentais. Essas mudanças não significam que a mãe ama algum filho mais do que os outros; em vez disso, cada filho interage com uma versão diferente da mãe, que é moldada pelas experiências acumuladas ao longo da sua jornada da maternidade.

A teoria da ordem de nascimento sugere que a ordem em que uma pessoa nasce em uma família pode ter um impacto significativo em seu desenvolvimento psicológico, comportamento e personalidade. A teoria não é universalmente aceita e tem suas limitações, mas fornece uma perspectiva interessante sobre a formação da personalidade.

Primogênito:

– Responsável

– Confiável

– Conservador

– Tende a ser mais focado no sucesso

– Pode sentir a pressão de ser um modelo para os irmãos mais novos

– Mais propenso a obedecer aos pais

 

Filho do Meio:

– Diplomático

– Flexível

– Pacífico

– Muitas vezes se sente “espremido” entre o primogênito e o caçula, e pode desenvolver habilidades de mediação como resultado

– Pode se sentir negligenciado ou esquecido e buscar formas alternativas de receber atenção

 

Caçula:

– Social

– Encantador

– Pode ser mimado ou receber mais atenção dos pais

– Muitas vezes é mais livre para assumir riscos

– Pode lutar para ser levado a sério e ser visto como independente

 

Filho Único:

– Pode exibir características semelhantes às dos primogênitos, como responsabilidade e maturidade

– Tende a ser mais próximo dos pais

– Pode ser mais confortável com adultos do que com pares

– Podem ter expectativas elevadas dos pais

Foto: Reprodução/Pexels

É importante lembrar que essas são generalizações e muitos fatores, incluindo cultura, ambiente social e situações familiares específicas, que podem influenciar o desenvolvimento da personalidade. Além disso, pesquisas subsequentes têm oferecido um quadro mais complexo, e muitos psicólogos modernos veem a teoria da ordem de nascimento como um entre muitos fatores que contribuem para a personalidade e o comportamento.

Paloma Silveira Baumgart

Educadora parental, com certificação pela Positive Discipline Association (PDA), mãe do Otto, da Olivia e da Heidi. Especialista em primeira infância, pelo Instituto Singularidades, e Psicologia Positiva, pela PUC RS, tendo participado do Programa de Liderança Executiva sobre Primeira Infância da Universidade de Harvard em 2019. Atuo em parceria com empresas e organizações sociais na formação de pais e educadores na temática de Primeira Infância. Sempre amei crianças e consequentemente sonhava com a maternidade e hoje é o tema da minha atuação profissional! Desde criança me via encantada pelos bebês da família, queria cuidar e aprender sobre eles. Mas foi com 29 anos que entrei profundamente neste universo, engravidei de gêmeos! E me encontrei nessa grande vocação e propósito: acolher, ensinar, e cuidar de crianças. Me senti poderosa quando meus filhos nasceram… como se nada superficial mais tivesse tanta importância! Desde então me dedico a cada vez mais estudar e aprender sobre a temática.

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