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Maria Frering e Camila Cunha
Maria Frering e Camila Cunha

Depois de estagiar durante quase dois anos com Julia Monteiro de Carvalho, Maria Frering decidiu abrir sua própria marca de joias. Sua sócia nessa empreitada, Camila Cunha, ela conheceu por acaso, em uma festa, há bem pouco tempo. Mas isso é tudo que ficou a cargo do destino na Voya – nome com o qual as meninas batizaram o negócio. Tudo ali é estudado, estruturado, bem pensado e “pé no chão”. Com os recursos financeiros à mão a qualquer hora e o círculo social da mãe, da avó [Carmen Mayrink Veiga] e dela já suficiente para fazer a engrenagem de uma empresa com essas pretensões rodar, Maria – filha de Antonia e Guilherme Frering – preferiu amadurecer bastante a ideia antes de se colocar no mercado. Passos calculados dessa economista de formação, de apenas 23 anos. O lançamento oficial da Voya é nesta terça-feira, no Fasano de Ipanema, em um evento fechado para convidados. À entrevista! (Por Michelle Licory)

“Conheci a Camila há um ano só, no aniversário do meu irmão. Ela namora um amigo dele. A gente se conheceu e já foi falando sobre interesses em comum. A marca nasceu bem rápido. Ela tinha um site no qual falava sobre joias como arte… Conheci esse site. Estava querendo começar uma marca. Conversamos muito e chegamos nessa ideia. A gente se uniu porque tinha uma mesma paixão. Temos um foco muito definido do que a gente quer e isso é prioridade. E nos tornamos superamigas nesse último ano…”, conta Maria. “No dia 1 já ficou muito claro que as duas pensam joalheria do mesmo jeito. Então ficou muito fácil. As ideias vão se encontrando. Uma está trabalhando em uma peça, a outra passa e diz: ‘nossa, bacanérrimo!'”, completa Camila.

Lé com cré

“Eu sou formada em Economia. Estava voltando para o Brasil [ela foi criada em Londres] e vi que era um curso ótimo, com professores excelentes. Gosto de história, mas também muito de matemática. E eu não tinha uma vocação clara. Mas sempre desenhei muito, como hobby, no meu tempo livre, sem mostrar pra ninguém. E tinha essa sensação de querer usar, botar em mim o que desenhava. Sentia essa vontade de fazer. Aí fiz curso de ourivesaria, gemologia, procurei estágio nessa área, trabalhei com a Julia. Ela é uma fofa, me ensinava tudo com a maior paciência. Um exemplo pra mim, a melhor chefe que eu poderia ter. Quando comecei a escolher essa profissão? Tem um brinco com um macaco pendurado no outro que desenhei há uns três anos… Quando terminei, pensei: ‘nossa, quero fazer isso, me deixa feliz’. Fazer um projeto, desenvolver e ver a peça pronta, no final… Adoro!”, explica Maria. Camila tem uma história parecida: cursou… Direito! “Depois decidi montar uma marca própria de joias, que morreu embrionária porque veio a Voya, que exige cem por cento da minha dedicação.”

Um passo de cada vez

“A gente está tomando um cuidado enorme para fazer uma coisa bem pensada. Passamos muitos meses desenvolvendo o conceito da marca. Cada coleção nossa será inspirada em uma linha do tempo. A gente aprende alguma coisa com cada coleção e ensina o que achou mais interessante para a cliente através das peças. Foi assim com essa primeira: estudamos muito, tivemos aulas. Levamos a sério a parte da pesquisa. Também demoramos esse tempo para lançar para antes entender a estrutura da empresa de fato: como conseguir lidar com tudo, já que somos só nós duas. Estávamos construindo a empresa, pensando em fornecedores… Montando um time. Preparada a gente não fica nunca, mas estamos certas das nossas decisões. Não é uma brincadeira. Estamos começando bem pequeno, pra garantir qualidade. Uma coleção pequena, vendida com hora marcada no showroom e em eventos. Você acha que estou muito pé no chão? Não é influência do meu pai, é da vida isso. De todo mundo que está começando… A gente está fazendo um experimento, vendo o que vai rolar. Uma vez me disseram: ‘Tem o longo caminho curto e o curto caminho longo. Escolhemos o longo caminho curto”, pondera Maria.

One of a kind

E qual é o diferencial da Voya? “Conseguir manter a mesma qualidade das joias em ouro. Tudo é feito na bancada, com as habilidades da ourivesaria tradicional. Estamos oferecendo uma nova opção”, garante Maria. “Escolhemos trabalhar com prata pra poder dar liberdade ao design, fazer algo bem acabado e ao mesmo tempo mais acessível. Nossas peças vão de R$ 400 a R$ 10 mil. Isso é um preço, pensando em joias, que não existe do mercado. Nossa proposta e se diferenciar o tempo inteiro: na qualidade, no design ousado, mas bacana…”, finaliza Camila.

* Vem conhecer mais sobre o universo Voya e saber mais sobre as meninas aqui embaixo, na nossa galeria de fotos: siga a seta!

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