A medida que a discussão sobre temas ecológicos aumenta na moda, marcas arregaçam as mangas para criar algo que não agrida o meio ambiente. Neste time, destaque para a American Eagle, que lança coleção cápsula em parceria com a companhia Atelier & Repairs de roupas criadas a partir do lixo produzido pela própria indústria da moda.
A produção dessas peças, que faz parte das comemorações do aniversário de 40 anos da marca, foi possível graças ao recolhimento de descartes que seriam encaminhados para aterros sanitários. O resultado é uma linha de minissaias, calças e jaquetas jeans, moletons e t-shirts que serão vendidas a preços que vão de US$ 48 (R$ 152) a US$ 128 (R$ 406) em 22 lojas selecionadas da American Eagle a partir dessa quinta-feira.
A empresa Atelier & Repairs tem como objetivo eliminar excessos do mundo e essa parceria é o primeiro grande projeto comercial deles.
A indústria de roupas é a segunda maior poluidora do mundo, responsável por cerca de 10% das emissões de carbono. Segundo relatório divulgado pela agência de Proteção Ambiental, a reciclagem dos 14 milhões de toneladas de produtos têxteis que são despejados por ano seria o equivalente a tirar 7,3 milhões de carros (e suas emissões de carbono) das ruas.
Entre as outras marcas engajadas na causa ambiental, estão a H&M, que apresentou projeto ambicioso que promete usar, até 2030, apenas materiais reciclados e sustentáveis na sua produção. E em 2013, a rede de fast-fashion lançou programa que estimula clientes a trocarem peças usadas, independentemente de suas condições, por um desconto de 15% na próxima compra. Com isso, já arrecadou mais de 40 mil toneladas de roupas (o equivalente a mais de 100 milhões de camisetas) . Em julho, a Vetements criou em parceria com a Saks Fifth Avenue uma vitrine manifesto com pilhas de roupas velhas para conscientizar a população sobre o desperdício.
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