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Manu veste tricô Mango, camisa de seda desenhada por ela mesma, calça Maria Garcia e sandália comprada na Grécia. O lenço é Hermès

Por Kanucha Barbosa para Revista Joyce Pascowitch

Um sapato comprado no Grand Bazaar de Istambul, uma bolsa garimpada em um brechó qualquer, um lenço supercolorido e um macacão criado por ela mesma. São peças aleatórias que dão sentido ao guarda-roupa da estilista paulistana Manuela Rodrigues, que, aos 28 anos, já coleciona no armário boas histórias para contar.

Fã de moda desde sempre – no colegial, em vez do cursinho pré-vestibular como o resto da turma, ela mergulhava nas aulas de corte e costura –, Manuela formou-se na Faculdade Santa Marcelina. Seu primeiro emprego foi um estágio na Maria Garcia, segunda marca de Clô Orozco, onde ficou por três anos. Aos 22, partiu de mala e cuia rumo à França, para cursar uma pós em moda e criação na L’Université de Lyon. Durante os cinco anos que permaneceu no país, passou pela Lacoste e acabou na Hermès. “O grande trabalho da minha equipe era nos desfiles da semana de moda de Paris, passávamos muito tempo na área de pesquisa e criação de conceito”, relembra ela.

De volta ao Brasil, em 2013, Manuela foi convidada, depois da morte de Clô Orozco, para ser estilista da Huis Clos e da Maria Garcia. “Fiquei sensibilizada com a proposta e topei, por ter tido uma ligação muito forte com a marca no passado”, diz. A jornada durou um ano e, agora, ela se prepara para alçar voo solo com sua própria etiqueta. Com um ateliê/escritório funcionando no sótão do apartamento onde mora, a designer tem colocado a mão na massa de acordo com suas vontades. “Sempre trabalhei em marcas que tinham a identidade bem específica, por um lado isso te prende, mas, por outro, facilita na criação. Agora, precisei encontrar um lugar específico que tem a minha cara e também a do universo que quero criar.” Serão roupas e acessórios que seguem a proposta do closet da moça: confortáveis, feitas de materiais naturais como linho, couro, palha e algodão, com linhas simples e muita textura. “Prefiro peças clássicas, mas não muito certinhas. Roupas que tenham história, com pitada étnica. Sempre gostei de pesquisar modelos em brechós.” Aos interessados, as coleções – limitadas e sem categorias como verão e inverno – serão vendidas, de tempos em tempos, no próprio sótão de Manu. Tudo no esquema zero pretensão que a gente é fã e que reflete a personalidade da dona.

Fotos Verena Smit

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