Madonna, que vive um caso de amor e ódio com o cinema, vai voltar a se aventurar pelo universo da sétima arte. Foi anunciado nessa quarta-feira que ela vai dirigir e possivelmente produzir a cinebiografia da bailarina serra-leonina naturalizada americana Michaela DePrince. “A história de vida da Michaela, de 23 anos, mexe comigo profundamente, como artista e também como ativista que entende a adversidade”, explicou a cantora em comunicado que divulgou junto com a MGM para revelar o projeto, que será bancado pelo estúdio hollywoodiano e baseado em um livro escrito pela mãe adotiva da jovem, Elaine.
Nascida em Serra Leoa, Michaela, perdeu os pais antes de completar três anos de idade, em meio ao caos da guerra civil que assolou o país africano na época. Enviada para um orfanato de lá acabou sendo adotada por um casal americano depois que o local foi bombardeado. Nos Estados Unidos, passou a se dedicar à dança em várias competições amadoras e, aos 17, fez sua estreia como profissional. Hoje em dia atua como solista na Dutch National Opera & Ballet, de Amsterdã, e até fez uma pontinha no videoclipe de “Lemonade”, o hit de Beyoncé Knowles.
Apesar de ter quase 30 filmes no currículo, Madonna nunca igualou na telona o sucesso que faz no mundo da música. A cantora também assumiu a direção de longas em duas outras ocasiões: “Sujos e Sábios”, que estreou no Festival de Cinema de Berlim, de 2008 e de “W.E.”, um drama sobre o romance do ex-rei Eduardo VIII e a socialite americana Wallis Simpson, de 2011. Mesmo assim, ela foi indicada ao Globo de Ouro sete vezes e se sagrou vencedora em 1997, quando levou o prêmio de Melhor Atriz em Comédia ou Musical por “Evita”, e de Melhor Canção Original por “W.E.”, em 2012. (Por Anderson Antunes)
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