Depois de comprar a Tiffany & Co. por US$ 15,8 bilhões (R$ 75,8 bilhões), em um negócio oficializado em outubro do ano passado, o gigante do luxo francês LVMH começa a promover as primeiras mudanças na gestão da lendária joalheria americana a fim de torná-la a líder em seu segmento.
Sob a supervisão de seu cofundador, maior acionista e CEO, Bernard Arnault, que por sua vez colocou o filho, Alexandre Arnault, no comando da grife de joias, junto com o executivo Anthony Ledru, o plano inicial é tornar a Tiffany’s em uma marca global, ainda mais desejada pelo consumidores de alta renda, tal como a Louis Vuitton e a Dior, que também pertencem ao grupo LVMH, que tem capital aberto na Euronext e um valor de mercado de € 300 bilhões (R$ 1,5 trilhão).
Nesse sentido, uma pop-up store da grife foi aberta recentemente na Avenue Montaigne de Paris, onde deverá permanecer até maio do ano que vem. Mais do que um ponto de venda, a loja temporária deverá servir como vitrine para o grande público, a fim de mostrar que suas criações são para poucos, uma estratégia que as empresas de produtos de luxo costumam usar baseado no fato de que “o exclusivo vende”.
As lojas da Tiffany’s também deverão passar por uma transformação em breve, também com o objetivo de torná-las locais únicos, com o fim de impressionar seus frequentadores. Campanhas de marketing de milhões de euros e a contratação de celebridades como embaixadores estão incluídas na estratégia – que, aliás, começou ainda em 2021, com Beyoncé Knowles e Jay-Z estrelando uma peça publicitária.
Com faturamento anual na casa dos US$ 4,4 bilhões (R$ 21,1 bilhões), a Tiffany’s deverá ser preparada pelo grupo LVMH para competir ainda mais com a Cartier, que pertence ao conglomerado suíço Richemont e atualmente é a maior joalheira do mundo em receita, com vendas anuais na casa dos US$ 6,1 bilhões (R$ 29,3 bilhões). Dinheiro para esse desafio certamente não faltará ao LVMH, que dispõe de cerca de € 23 bilhões (R$ 117,5 bilhões) em caixa, além de ter faturado € 64,1 bilhões (R$ 327,5 bilhões) e de ter registrado um lucro líquido de € 12 bilhões (R$ 61,3 bilhões) em 2021, sem falar que seu dono é atualmente o segundo homem mais rico do mundo depois de Elon Musk, com uma fortuna de US$ 154,9 bilhões (R$ 743,5 bilhões).