Luisa Schroder acaba de completar 25 anos. Filha do diretor geral da Rede Globo, Carlos Henrique Schroder, e da médica Karla Ataide, a designer de joias de certa forma começou a carreira há 10 anos, quando ganhou da avó um par de águas marinhas, para que a partir das pedras ela criasse um brinco pelos seus 15 anos. Depois de estagiar na H Stern e estudar na Europa e nos Estados Unidos, hoje a moça tem entre suas clientes uma turma bacana de glamurettes cariocas que está a deixando cada vez mais famosa. À entrevista! (por Michelle Licory)
“Dinheiro não é tudo”
“Meus pais são gaúchos e nasceram em cidades de interior. Eles foram crescendo na vida, mas sempre passando esses valores: vai com calma, dinheiro não é tudo… Independente da nossa situação, a gente teve essa educação pé no chão. Foi meu pai que me deu o ateliê, de presente de formatura. Sempre tive o apoio dos dois. Eu ia cursar Economia. Achava que precisava escolher alguma coisa que desse dinheiro. Eles falaram para eu deixar de ser boba porque tinha nascido pra fazer algo voltado para a arte. Meu primeiro cachorro… Eu tinha uns 6, 7 anos e o nome que dei foi Monet”.
“Sempre fui meio insegura. Se não fossem meus pais…”
“Meu pai adora falar para os amigos que tem uma filha designer. Ele é jornalista, mas sempre me manda referências para eu me inspirar. Minha mãe também curte muito e valoriza minha profissão. Diz que a frustração da vida dela é não ter sido arquiteta e que se realiza comigo, nessa questão da estética. Quando eu era pequena, a gente morava em casa, na Barra da Tijuca, e ela levava telas e cerâmicas pra gente pintar, então fez despertar esse lado artístico. Minha irmã, que estuda Medicina, desenha melhor que eu. A verdade é que tem pais que ficam com medo do mercado de trabalho e eu sempre fui meio insegura. Se não fossem eles, talvez eu não tivesse me tornado designer de joias”.
“Dividir em mais vezes”
E a crise, Luisa? “Você se adapta a tudo. Minha proposta nunca foi fazer coisas muito caras. Como joia tem um apego emocional, as pessoas não deixam de comprar. Pedem para dividir em mais vezes ou procuram uma alternativa mais barata, de repente em prata, mas não deixam de comprar. Tem essa flexibilidade: dá pra fazer uma peça de qualidade com preço mais acessível. Se você fizer da forma certa e se diferenciar… Fiz uma linha religiosa e todo mundo comprou porque tem a questão da proteção, um valor que vai além da peça. Tem sido uma experiência boa pra mim. Não me imagino tendo uma rede de lojas enorme, minha demanda não é essa. Acredito muito no atendimento personalizado. Nem teria como fazer isso em larga escala. Não combina comigo. Gosto de conversar com as clientes, de pensar em uma joia a partir do estilo de cada pessoa”.
Vem saber mais sobre a Luisa e dar um passeio por seu ateliê, que ela montou dentro do apartamento onde mora sozinha há 6 anos. Siga a seta!
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