Há exatamente um ano, Dilma Rousseff se reunia com assessores no Palácio do Planalto para discutir as manifestações de 13 de dezembro de 2015, a primeira jornada de protestos contra o governo dela após o acolhimento do pedido de impeachment pelo então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O fato de que ela faria aniversário no dia seguinte passou quase despercebido, tamanha era a tensão do momento.
Já neste 14 de dezembro, data em que a ex-presidente completa 69 anos, o clima e o ambiente são totalmente diferentes: ela deverá celebrar a nova primavera na companhia da filha, dos netos e de Vera, a diarista que cuida de seu apartamento de pouco mais de 100 metros quadrados no bairro Tristeza, em Porto Alegre, e que atualmente é a companhia mais frequente da petista.
Desde que foi impedida de exercer a presidência, Dilma dedica seu tempo à leitura e à família, em especial o neto Gabriel, o mais velho, com quem ela passa duas horas todos os fins de semana. Nem precisa dizer que assuntos como impeachment e Lava Jato são proibidos nestas ocasiões, embora ela tenha dito ao “Financial Times” no mês passado que pretende continuar atuando politicamente.
Há quem diga que a primeira mulher eleita presidente do Brasil, e a segunda ocupante do cargo a sofrer um impeachment, esteja guardando seus pensamentos e observações para o livro que ela pretende escrever e no qual deverá abordar seus anos no comando do país. “Mas isso é conversa pra outra hora”, ela costuma dizer a quem lhe questiona sobre o tema. (Por Anderson Antunes)
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