Lilia Cabral vai viver uma dona de bordel em “Liberdade, Liberdade”, novela sobre a história da filha de Tiradentes, que estreia dia 11 de abril na Globo. “Ela é uma revolucionária, com voz no século 18! Luta pela independência do Brasil. Mas coloca as meninas do bordel pra trabalhar porque o negócio precisa dar lucro… Nada na novela é maniqueísta. Ela teve uma desilusão amorosa e o caminho para não ser submissa foi a prostituição. Foi o caminho do abandono. Mas ela não é inferior. Na composição da personagem, não criei expectativa de alguém que levanta bandeira de feminismo. Fui pelo lado da doçura. Mas mulher em papel de liderança é tudo que a gente gosta de fazer. Por causa do seu estabelecimento, ela sabe de tudo, escuta tudo que os homens falam. Não é que ela manipule, é a sutileza da inteligência”. (Por Michelle Licory)
“Sou fresca, fico toda suada”
“Novela de época é um calor horroroso que te leva para o selvagem, o sujo, o grotesco. E eu sou fresca, cheia de coisinhas. Tenho que me desconstruir. Fico toda suada… O figurino é provocante, sim. Mas ser sensual não é ser erotizada. São coisas diferentes. De qualquer forma, quando entro em cena com aquele figurino já vem um despojamento e quem está contracenando comigo e assistindo já enxerga esse apelo. Elas usavam muita maquiagem também. Mas era para disfarçar as doenças”.
“Só não conta pra ninguém”
Se eu também luto pelas minhas causas? Defendo meus direitos, sim, mas tenho uma postura elegante. Não saio berrando, mas sou consciente do meu papel como profissional e mãe de família. Em todo personagem a gente faz um pouco da gente: só não conta pra ninguém”.
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