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Lazaro Ramos || Créditos: Agnews
Lazaro Ramos || Créditos: Agnews
Lazaro Ramos || Créditos: Agnews

Por Michelle Licory

Lazaro Ramos conversou com a gente essa quarta-feira na première carioca de “O Vendedor de Passados”, que também marcou a reabertura do tradicional Cine Odeon, no centro da cidade, agora com status de centro cultural. “É a segunda emoção forte que eu tenho aqui. A primeira vez que eu me vi em um cinema de rua foi no Odeon, em 2003, com ‘Madame Satã’. Estou me sentindo privilegiado por estar no filme que está devolvendo esse cinema pra cidade.”

Sobre o longa, de Lula Buarque de Hollanda… “Fala sobre memória, identidade, brinca com gêneros. Tem um pouquinho de suspense, um pouquinho de romance, um pouquinho de comédia. Um filme bem diferente do que o público brasileiro está acostumado a receber. E conta a história de Vicente, um cara que cria novos passados. Mas a vida dele muda a partir do momento que recebe uma cliente, papel da Alinne Moraes, que pede a ele para criar um novo passado pra ela, só que ela quer ter cometido um crime.”

Forma física: um espetáculo

Glamurama confessou que ainda não assistiu, mas que dizem que a forma física do ator está um espetáculo… “Muito, né? O objetivo é esse! Mentira… Imagina, nunca! Eu acho que o bacana é porque o personagem é diferente dos outros que já fiz, com características que talvez levem a essa impressão. Eu acho engraçado porque não noto isso. Na verdade, se nota-se alguma diferença é porque o personagem ficou à frente da história, e é isso que importa.” Como foi rodar cenas quentes com Alinne? “Isso pra mim não é nem um assunto. Se está inserido na história, é o que vale.”

Um beijo para Carla Perez

Perguntamos ainda se ele mudaria algo em seu passado. “Não mudaria nada. Já pensei em mentir, mas não mudava, não. Acho que depois que passa um tempo, você vê que tudo fica relativo. Até os erros e as dores fizeram com que eu aprendesse alguma coisa. Então não me arrependo nem de ‘Cinderela Baiana'[protagonizado por Carla Perez, do Tchan].”

“A gente continua tentando”

Com duas crianças em casa, dá pra sair pra pegar um cineminha? “Consigo sair, mas acho uma discussão importante o fato de que o filme não se esgota na sala de cinema. O cinema é um lugar importante, nobre, que dá acesso a muitas pessoas, mas tem o ‘on demand’, o cinema na TV aberta, na TV fechada. É um outro caminho que eu também usufruo muito. De qualquer forma, ainda bem que o Odeon está de volta. O Brasil está com 3 mil e poucas salas de cinema. Só na cidade de Nova york são 2558. Num país desse tamanho ter só isso significa que muita gente não está tendo a oportunidade de desfrutar desse prazer. A quantidade de filme internacional aqui é uma outra questão, mas acho que o cinema brasileiro, apesar de todas as lutas, do sobe e desce, tem uma coisa que acho importante: o surgimento de novos cineastas, de gêneros diversos, e que agora têm que enfrentar a batalha de conquistar seu público. É um desafio, mas o que importa é que a gente continua tentando.”

Peraí, só mais uma: como você está de pai de menina [Maria Antonia, que nasceu em janeiro]? “Feliz. Tem diferença, não…”

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